Meus Amigos

domingo, 31 de março de 2013

Ressurreição



RESSURREIÇÃO

Extinga-se o calor do foco aurifulgente
Do Sol que vivifica o Mundo e a Natureza;
Apague-se o fulgor de tudo o que alma presa
Às grilhetas do corpo, adora, anela e sente;

Tombe no caos do nada, em túrgida surpresa,
O que o homem pensou num sonho de demente,
Os mistérios da fé, fulcro de luz potente,
O templo, o lar, a lei, os tronos e a realeza;

Estertore e soluce exausto e moribundo,
Debilmente pulsando, o coração do mundo,
Morto à míngua de luz, ambicionado a glória;

O Espírito imortal, depois das derrocadas,
Numa ressurreição de eternas alvoradas,
Subirá para Deus num canto de vitória.



Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 30 de março de 2013

Aos descrentes









AOS DESCRENTES
Olavo Bilac


Vós, que seguis a turba desvairada,
As hostes dos descrentes e dos loucos,
Que de olhos cegos e de ouvidos moucos
Estão longe da senda iluminada,

Retrocedei dos vossos mundos ocos,
Começai outra vida em nova estrada,
Sem a idéia falaz do grande Nada,
Que entorpece, envenena e mata aos poucos.

Ó ateus como eu fui – na sombra imensa
Erguei de novo o eterno altar da crença,
Da fé viva, sem cárcere mesquinho!

Banhai-vos na divina claridade
Que promana das luzes da Verdade,
Sol eterno na glória do caminho!



Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Temos Jesus





 
ABEL  GOMES

Escritor, poeta e professor, nascido em Minas Gerais a 30 de dezembro de 1877 e falecido a 16 de agosto de 1934, Espírito dinâmico, posto que fisicamente inválido, deixou alguns livros inéditos, dos quais dois já editados pela Federação, além de copiosa obra esparsa.


Temos Jesus


Desaba o Velho Mundo em treva densa
E a guerra, como lobo carniceiro,
Ameaça a verdade e humilha a crença,
Nas torturas de um novo cativeiro.

Mas vós, no turbilhão da sombra imensa,
Tendes convosco o Excelso Companheiro,
Que ama o trabalho e esquece a recompensa
No serviço do bem ao mundo inteiro.

Eis que a Terra tem crimes e tiranos,
Ambições, desvarios, desenganos,
Asperezas dos homens da caverna;

Mas vós tendes Jesus em cada dia.
Trabalhemos na dor ou na alegria,
Na conquista de luz da Vida Eterna.

Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

A Crucificação








A CRUCIFÌCAÇÃO


Olavo Bilac

Fita o Mestre, da cruz, a multidão fremente,
A negra multidão de seres que ainda ama.
Sobre tudo se estende o raio dessa chama,
Que lhe mana da luz do olhar clarividente.

Gritos e altercações! Jesus, amargamente,
Contempla a vastidão celeste que o reclama;
Sob os gládios da dor aspérrima, derrama
As lágrimas de fel do pranto mais ardente.

Soluça no silêncio. Alma doce e submissa,
E em vez de suplicar a Deus para a injustiça
O fogo destruidor em tormentos que arrasem,

Lança os marcos da luz na noite primitiva,
E clama para os Céus em prece compassiva:
“– Perdoai-lhes, meu Pai, não sabem o que fazem!...”


Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



quinta-feira, 28 de março de 2013

Jesus ou Barrabás?






OLAVO BILAC

NATURAL do Rio de Janeiro, nasceu em 16 de dezembro de 1865 e aí faleceu em 1918. Considerado, ao seu tempo, o Príncipe dos Poetas Brasileiros. Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras.


JESUS OU BARRABÁS?

Sobre a fonte da turba há um sussurro abafado.
A multidão inteira, ansiosa se congrega,
Surda à lição do amor, implacável e cega,
Para a consumação dos festins do pecado.

“Crucificai-o!” – exclama... Um lamento lhe chega
Da Terra que soluça e do Céu desprezado.
“Jesus ou Barrabás?” – pergunta, inquire o brado
Da justiça sem Deus, que trêmula se entrega.

Jesus! Jesus!... Jesus!... – e a resposta perpassa
Como um sopro cruel do Aquilão da desgraça,
Sem que o Anjo da Paz amaldiçoe ou gema...

E debaixo do apodo e ensangüentada a face,
Toma da cruz da dor para que a dor ficasse
Como a glória da vida e a vitória suprema.




Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



As Leis de Deus são de amor e de justiça e jamais de castigos


                                             

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguição, por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Jesus -Mateus, V:5, 6 e 10).





Na condição de Espíritos eternos que somos, tendo sido criados por Deus na simplicidade e na ignorância, com destino à perfeição, segundo nos informa o Espírito André Luiz, no livro “Libertação”, no seu capítulo I, estamos fazendo uso da razão há quarenta mil anos. Nesse período, com liberdade, escolhemos os nossos caminhos, decidimos, deliberamos, fizemos escolhas e tomamos decisões.



Sendo as Leis de Deus de amor e de justiça e jamais de castigos e de punições, obviamente coadunam com os preceitos de causa e efeito e de ação e reação, onde cada ação nossa produz uma reação e cada causa gera um efeito. Atitudes enquadradas nos padrões do Evangelho de Jesus geram reflexos ajustados e positivos. Procedimentos adversos das lições do Cristo promovem efeitos desequilibrados e infelizes.



Assim, as causas das nossas aflições do momento podem ter suas origens em vidas passadas ou mesmo na existência presente. Mas em todas as situações sempre prevaleceu a nossa liberdade de escolha. Ninguém decidiu por nós e nem nos obrigou a deliberar nesse ou naquele sentido. A dor e o sofrimento que carregamos e as conquistas e realizações benéficas que ostentamos decorrem da total liberdade que tivemos para tomar nossas decisões.



Quando carregamos algum infortúnio como, por exemplo, um problema de saúde, de nascença, determinadas limitações físicas, condição de vida na pobreza mesmo diante dos nossos esforços no trabalho – sem que nada de errado tenhamos feito na vida presente –, certamente suas origens estão em vidas anteriores, quando agimos com descaso e invigilância, circulando na contramão das sábias lições de Jesus.



No entanto, muitas dores e aflições nascem das atitudes de hoje. As leis de trânsito, por exemplo, nos informam que a velocidade de um veículo em determinados trechos de rodovia não pode ultrapassar a oitenta, cem quilômetros por hora, para a nossa segurança. Se trafegamos a cento e quarenta, cento e sessenta quilômetros por hora, a possibilidade de acidentes é muito maior e as consequências deles muito mais trágicas. Portanto, o abuso da velocidade pode nos proporcionar ferimentos que não aconteceriam estando a direção do veículo feita com equilíbrio.



Ainda nos adverte a ciência médica que a utilização de alcoólicos e de fumo causa terríveis danos a saúde. Fazendo uso, inadvertidamente, de tais tóxicos, por certo, prejudicaremos o nosso corpo físico. Serão aflições desnecessárias e originadas no presente.



Dessa forma, podemos concluir que as aflições decorrentes de erros passados são inevitáveis no momento, como reflexos naturais dos atos equivocados de ontem, mas, as do presente, podemos evitá-las agindo com discernimento e convicção sobre os reais valores da vida.



Portanto, ninguém é culpado pelos dissabores que experimentamos, pois que, durante esses quarenta mil anos, fomos totalmente livres para seguir os rumos escolhidos.



Se não podemos retroceder para modificar o ontem, temos plenas condições de alterar o hoje, vivendo-o com equilíbrio, dentro dos padrões da dignidade, honra e altivez, para fazermos um novo amanhã.



Vivemos agora sob os reflexos do passado. Tendo consciência disso, organizemos o presente, sob a égide dos sábios preceitos evangélicos, para a construção de um futuro promissor em busca da paz e da felicidade que tanto almejamos.



Reflitamos...



WALDENIR APARECIDO CUIN
-- 
Grupo de Divulgação da Doutrina Espírita 
GDDE - Ano XIII

quarta-feira, 27 de março de 2013

Haicai da língua portuguesa - Cornélio Pires






 
DELITO  E  REENCARNAÇÃO
                                               
Cornélio Pires

Por ódio trocado,
Antônia Matou Lina do Lagarto
Hoje, elas são mãe e filha
Doentes no mesmo quarto.

Joaquim arrasou Simão
Para tomar-lhe Ana Vera,
Mas Simão tornou a ele,
É o filho que o não tolera.

Por Téo, Nana largou Juca
Que se matou pela ingrata,
E Juca voltou a ela,
É o filho que a desacata.

Manoel seduziu Percília,
Deixando-a em tombos loucos.
Ela morreu e voltou:
É a filha que o mata aos poucos

Por Zina, matou-se João.
Um carro fê-lo aos pedaços.
Hoje ele é o filho doente
Que Zina beija nos braços.

Tesouro maior da vida
É a mente tranqüila e sã.
Erro que a gente faz hoje
A vida acerta amanhã.




Irmão Saulo.

Cornélio Pires foi o poeta caipira que marcou uma época da vida paulista, assinalou a fase de transição da cultura caipira para a cultura cosmopolita que surgiria com a transformação da cidade provinciana em metrópole moderna. 
Deixou vasta e curiosa obra de inegável interesse folclórico e literário. 
Todos os anos a cidade de Tietê, sua terra, promove oficialmente a Semana Cornélio Pires. 
Na praça central da cidade há um busto do poeta e Tietê mantém carinhosamente o Museu Cornélio Pires.
Tendo falecido em São Paulo a 17 de janeiro de 1958, Cornélio teve o seu corpo transportado para Tietê, onde se deu o enterro. Pouco tempo depois passou a transmitir sonetos e trovas através de Chico Xavier. 
A Federação Espírita Brasileira lançou o livro “O Espírito de Cornélio Pires”, reunindo essa produção inicial. 
Mas o poeta continua a transmitir os seus versos pelo telégrafo mediúnico, na mesma linha espírita que já havia adotado nos seus últimos anos de vida terrena, quando publicou “Coisas do Outro Mundo” e “Onde está, ó Morte, a tua vitória?”.
A trova é o haicai da língua portuguesa, uma forma de síntese poética de que Cornélio sempre se serviu com habilidade. Mas, nas trovas deste capítulo, o tema é a reencarnação. Note-se que o poeta não joga com argumentos, mas com fatos. 
Expõe a tese focalizando pequenos episódios da vida diária, no permanente intercâmbio da morte com a vida. 
Uma forma didática de mostrar as conseqüências de nossos atos e de nosso comportamento, não no após morte, mas na volta à vida.
Quem conheceu Cornélio Pires e conhece sua obra não tem a menor dificuldade em identificá-lo nesses versos. 
O poeta caipira, simples, objetivo, direto, reflete-se nessas quadras psicografas como se elas viessem das suas próprias mãos.
 Atente-se para a maleabilidade extrema do médium, que com a mesma presteza recebe um alexandrino grandiloqüente de Cyro Costa, como se viu no “Pinga Fogo” do Canal 4; um poema erudito de Augusto dos Anjos ou uma quadra caipira de Cornélio Pires. 
Chico Xavier, segundo sua resposta a Scatimburgo na televisão, não escreve “à maneira de”, mas deixa que os espíritos escrevam por suas mãos “à maneira deles”.

Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores diversos


Diante do Cristo‏









                       

Diante do Cristo encontra-se o homem à frente da luz do mundo.



Antes dele, embora a ciência de Hermes, a filosofia de Sócrates e a religião de Buda, que lhe foram excelsos mensageiros, a vida no mundo era a absoluta dominação da conquista.



Tenebrosa noite envolvendo o sentimento, rios de sangue afogando a celebração...



Ei-lo, no entanto, que se manifesta no trono da humildade, convidando as Nações à glória da sabedoria e do amor.



Seu programa divino, a espelhar-se no Evangelho que lhe reúne as boas-novas da salvação, preconiza a fraternidade ao invés do egoísmo, a renúncia edificante em vez da posse inútil, o perdão em lugar da vingança, o trabalho com a supressão da inércia, a liberdade, com o olvido da escravidão, e o auxílio à felicidade dos outros, como garantia da própria felicidade.



Defendendo-lhe o código de luz, de Tibério a Diocleciano, milhares e milhares de criaturas sofrem a flagelação e a morte no decurso de quase trezentos anos.



Além disso, desde a conversão de Constantino, em 312, até a morte de Isaac II, em 1204, do Ocidente ao Oriente todas as gerações de príncipes e guerreiros senhorearam a casta dos sacerdotes, oprimindo as lições do Senhor.



E desde a perseguição ordenada por Inocêncio III contra os albigenses, em 1209, até a Revolução Francesa, a casta dos sacerdotes, através de todos os processos da imposição inquisitorial, senhoreou as gerações de príncipes e guerreiros, deturpando os ensinamentos do Divino Enviado.



Durante quinze séculos sucessivos, os religiosos e os políticos, com justas exceções, empenharam-se ao dogmatismo e à violência, à crueldade e à devassidão, à vindita e ao banditismo coroado.



Eis, porém, que, na atualidade, com a evolução do Direito, acalentado ao sol dos princípios cristãos, culminando na extinção do cativeiro organizado, no seio de todos os povos cultos da Terra, temos no Espiritismo o Cristianismo renascente, concitando-nos, de novo, ao reinado do amor e da sabedoria.



Qual aconteceu ao próprio Evangelho, a Doutrina que o revive nasce sem guerras de sangue e lágrimas...



A fonte da Verdade e do Bem sulca o terreno moral do mundo, ao alcance de ignorantes e sábios, felizes e infelizes, justos e injustos.



Até ontem, à face da aventura política dominando tribunais e escolas, casernas e santuários, era de todo impraticável a experiência cristã na vida individual.



Hoje, entretanto, com o avanço da ideia religiosa que nos cabe preservar nobre e livre, pela dignificação e excelência de nossa conduta, conseguimos empreender o nosso reencontro com Jesus, elegendo-o Mestre incomparável de nossos destinos, podendo reverenciá-Lo cada dia em nosso próprio espírito, repetindo a antiga saudação dos primeiros seguidores da Boa-Nova – “Salve Cristo!” – não mais com o objetivo de empunhar, de imediato, a palma do martírio e da morte, mas a fim de viver e servir com o nosso Mestre e Senhor para a eternidade.




Do livro Vozes do Grande Além, de autoria de Espíritos diversos por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier.



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Grupo de Divulgação da Doutrina Espírita 
GDDE - Ano XIII
Alexandre Melo Morais

terça-feira, 26 de março de 2013

Sucesso gera Selinhos Carinhosos

                                   
                                            http://www.panoseart.com/

Jesus no Horto






NO HORTO

Tristemente, Jesus fitando os céus, em prece,
Vê descer da amplidão o Arcanjo da Agonia,
Cuja mão luminosa e tema lhe trazia
O cálix do amargor, duríssimo e refece.

– “Se puderdes, meu Pai, afastai-o!...” – dizia,
Mas eis que todo o Azul celígeno estremece;
E do céu se desprende uma doirada messe
De bênçãos aurorais, de Paz e de Alegria.

Paira em todo o recanto a vibração sonora
Do Amor e o Mestre já na sede que o devora,
De imolar-se por fim nas aras desse Amor,

Sente a Mão Paternal que o guia na amargura,
E sublime na fé mais vívida, murmura:
– “Que se cumpra no mundo o arbítrio do Senhor!...”

“Caminhar, construir e difundir a palavra de Jesus”


                     




Em sua primeira mensagem pastoral no dia 14 de março, falando aos cardeais na Capela Sistina, o novo Pontífice da Igreja, papa Francisco, pediu a todos que a Igreja “caminhe” e “seja edificada” sobre bases sólidas, porque, caso contrário, corre o risco de deixar de ser uma Igreja para ser rebaixada a uma ONG beneficente.

                            

“Caminhar, construir e difundir a palavra de Jesus”, eis o desafio proposto. “Nós podemos caminhar quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não professarmos Jesus Cristo, a coisa não anda”, disse o papa.



Não podia ser melhor o início do novo papado, que, nesse sentido, apresenta uma afinidade notável com o que temos aprendido no Espiritismo, desde que Kardec, logo na Introdução d´O Evangelho segundo o Espiritismo, referindo-se ao ensino moral trazido por Jesus, escreveu: “Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. 
É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. Aliás, se o discutissem, nele teriam as seitas encontrado sua própria condenação, visto que, na maioria, elas se agarram mais à parte mística do que à parte moral, que exige de cada um a reforma de si mesmo. 

Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. E é, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura”. (O grifo é nosso.)

                          

Com o passar dos anos, a importância do ensino moral de Jesus e a consequente evangelização do ser humano só foram, no meio espírita, reafirmadas.


                           
Eis alguns exemplos:



Qual a maior necessidade do médium? – “A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.” (Emmanuel, in O Consolador, questão 387.)

                                   

Existe diferença entre doutrinar e evangelizar? – “Há grande diversidade entre ambas as tarefas. Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar, é necessária a luz do amor no íntimo. 
Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento; na segunda, é preciso vibrar e sentir com o Cristo. 
Por estes motivos, o doutrinador, muitas vezes não é senão o canal dos ensinamentos, mas os sinceros evangelizados serão sempre o reservatório da verdade, habilitados a servir às necessidades de outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmos”. (Idem, ibidem, questão 237.)
                                          

Devemos nós, os espiritistas, praticar somente a caridade espiritual, ou também a material? – “A divisa fundamental da codificação kardequiana, formulada no ‘fora da caridade não há salvação’, é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosas considerações. 
Todo serviço da caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da redenção universal. 
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência. 
Dentro desses imperativos, é lícito encarecermos a excelência dos planos educativos da evangelização, de modo a formar uma mentalidade espírita-cristã, com vistas ao porvir. Não podemos desprezar a caridade material que faz do Espiritismo evangélico um pouso de consolação para todos os infortunados; mas não podemos esquecer que as expressões religiosas sectárias também organizaram as edificações materiais para a caridade no mundo, sem olvidar os templos, asilos, orfanatos e monumentos. 
Todavia, quase todas as suas obras se desvirtuaram, em vista do esquecimento da iluminação dos Espíritos encarnados. A Igreja Romana é um exemplo típico.



Senhora de uma fortuna considerável e havendo construído numerosas obras tangíveis de assistência social, sente hoje que as suas edificações são apenas de pedra, porquanto, em seus estabelecimentos suntuosos, o homem

contemporâneo experimenta os mais dolorosos desenganos. As obras da caridade material somente alcançam a sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reformada a criatura humana em Jesus Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem”. (Idem, ibidem, questão 255.) (Os grifos são nossos.)



Não foi, pois, outro o motivo pelo qual o sempre respeitado e querido Dr. Bezerra de Menezes, em mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, que abre o livro O Espírito da Verdade, afirmou: “Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; para exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano. Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que o desentranha da letra, na construção da Humanidade Nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela ideia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e, parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: Fora do Cristo não há solução”.



As considerações acima, firmadas pelo papa Francisco e por Kardec, Emmanuel e Bezerra, são provas evidentes de que o novo Pontífice católico inicia sua missão assistido por Benfeitores Espirituais que, sob a direção de Jesus, se preocupam realmente com os destinos do homem e do mundo em que vivemos. 



"O Consolador" - Ano 6 - N° 304 - 24 de Março de 2013 - Editorial

Grupo de Divulgação da Doutrina Espírita 
GDDE - Ano XIII

segunda-feira, 25 de março de 2013

O Beijo de Judas





O BEIJO DE JUDAS

 Olavo bilac

Ouve-se a voz do Mestre ungida de ternura:
– “Amados, eu vos dou meus últimos ensinos;
Na doce mansidão dos seres pequeninos,
Trazei a vossa vida imaculada e pura!

O Amor há de vos dar todos os dons divinos;
Eterna irradiação que atinge a mais escura
Estrada de aflição, de dor e desventura,
– Raio de eterno sol na senda dos destinos.

Derramai com piedade a lágrima terrestre!”
Mas eis que Judas chega e lhe diz: – “Salve, Mestre!”
E toma-lhe das mãos, osculando-lhe a fronte...

E Jesus abençoando aquelas almas cegas,
Responde humildemente: – “É assim que tu me entregas?”
Vendo as coortes do Céu nas fímbrias do horizonte...


Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia Mundial da ÁGUA- 22/03-

                           Quinta Blogagem Coletiva



                                             
                            

                                A Assembléia Geral da ONU, declarou em dezembro de 2010, que 

                             2013 É O ANO INTERNACIONAL PARA A COOPERAÇÃO PELA ÁGUA




O objetivo é aumentar a conscientização para uma maior cooperação e para os desafios da gestão da água em função do aumento da demanda por acesso à água, distribuição e serviços. Em 2013, vamos destacar a educação da água, diplomacia da água e formular novos objetivos para o desenvolvimento dos recursos hídricos que sejam verdadeiramente sustentáveis



       Aliado ao Dia Mundial da Água, que é realizado anualmente em 22 de Março, como forma de chamar a atenção para a importância da água doce e defender o manejo sustentável dos recursos hídricos, iremos empreender grandes campanhas para que todos possam participar em 2013
                                           MENSAGEIRO DA ÁGUA



                                       

                                       
                                             A importancia da ÁGUA
                                     

A água é um recurso essencial para a vida. Por isso é necessário preserva-lá. Eis a questão.

A vida só se tornou perceptível apos o aparecimento da água. Para termos uma noção em relação a importância deste recurso basta parar e pensar. Por exemplo, nosso corpo é constituído de 75% de água. O que á torna indispensável para vida celular. E não só para o homem, mas, para outros seres que fazem parte do nosso planeta.

Entretanto 97% da água está destinada aos oceanos e apenas 1 %, rios, lagos e etc.. O que ocasiona grande parte dos problemas pois necessitamos de água doce e no entanto possuímos em maior quantidade água salgada. Este é o ponto onde se encaixa a questão da preservação.

O desperdício de água cresce a cada dia, o que poderá provocar futuramente um déficit em sua quantidade. Acarretando uma serie de problemas. Onde estes irão afetar não só aos homens, mas principalmente ao meio ambiente.

Sendo assim, economizar água torna-se um fator benéfico e essencial á vida. O que nos torna responsável pelo controle do espaço aquático.Pois sua falta em alguns casos pode provocar patógenos que levam até a morte.

Dado o exposto pode-se dizer que, a melhor solução para a manutenção de nossa existência é a pratica da preservação dos recursos hídricos. Desta maneira cabe as entidades governamentais a criação de campanhas de conscientização. Mas faça a sua parte que futuramente o planeta terra agradecerá.

                                  Ana Carolina Oliveira da Costa



                                  






   Água é Vida - indriso

Nasce, e tranquilamente, abre-se no seu espaço
Do leste ao oeste, de cima a baixo, rega seu reino,
Num espelho que vai guiando os passos;
Seu tom adamantino, ao sol, sem treino
Diário, protege da sede o gado
O pássaro cantor, o menino no seu feno!
A vida corre através das gotas cristalinas
A água é vida que se mantém, que nada discrimina!...


Qualquer semelhança com  a afirmação 

"'Jesus é  a Água da Vida," não é mera semelhança!






Oi JESUS, eu sou o Zé..


Oi Jesus, eu sou o Zé...



Cada dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na igreja e, poucos minutos depois, saía. 
Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia, pois havia objetos de valor na igreja.

Venho rezar, respondeu o velho.

Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.

Bem, retrucou o velho, eu não sei rezar aquelas orações compridas. 
Mas todo dia, ao meio dia, eu entro na igreja e falo:

"Oi Jesus, eu sou o Zé. Vim visitar você."

Num minuto, já estou de saída. 
É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.

Alguns dias depois, Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. 
Na enfermaria, passou a exercer grande influência sobre todos.

Os doentes mais tristes tornaram-se alegres e, naquele ambiente onde antes só se ouviam lamentos, agora muitos risos passaram a ser ouvidos.

Um dia, a freira responsável pela enfermaria aproximou-se do Zé e comentou: 
Os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre, Zé...

O pobre enfermo respondeu prontamente: 
É verdade, irmã. 
Estou sempre muito alegre! 
E digo-lhe que é por causa daquela visita que recebo todos os dias. 
Ela me faz imensamente feliz.

A irmã ficou intrigada. 
Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Aquele velho era um solitário, sem ninguém.

Quem o visita? 
E a que horas? 
Perguntou-lhe.

Bem, irmã, todos os dias, ao meio dia, Ele vem ficar ao pé da cama por alguns minutos, talvez segundos... 
Quando olho para Ele, Ele sorri e me diz:

"Oi Zé, eu sou JESUS, vim te visitar".

sábado, 16 de março de 2013

8º Fórum Internacional dos Soldadinhos de Deus


8º Fórum Internacional dos Soldadinhos de Deus, da LBV

Uma das prioridades da Religião de Deus, desde seus primórdios, são as crianças. Por isso, o presidente-pregador da Religião Divina, José de Paiva Netto, criou, em fevereiro de 2003, o Fórum Internacional dos Soldadinhos de Deus, da LBV. O encontro, que chega à 8ª edição, tem como tema: Boa Vontade para mudar os hábitos, e sua conclusão acontecerá em 26 de março.

O evento, cujo Patrono é Jesus, o Cristo Ecumênico, tem por objetivo estimular o protagonismo infantil, despertando na criança a vivência dos valores espirituais, éticos, morais, propiciando a elas um ambiente de diálogo e expressão. Assim, os pequenos têm a oportunidade de debater, de forma construtiva, os problemas que afligem a Humanidade e preocupam os Soldadinhos de Deus, promovendo a reflexão sobre possíveis soluções.
LEIA MAIS:
- Crianças se preparam para o 8º Fórum Internacional dos Soldadinhos de Deus, da LBV


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