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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Entendendo a Doutrina Espirita

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Corpo e Perispírito - Fluidos


1. O corpo é o instrumento que o Espírito usa para atuar nos mundos materiais. Precisa portanto, atender às necessidades dele, aos objetivos que ele traz ao encarnar. O corpo é considerado um produto ideoplástico do espírito; logo após a fecundação, o espírito reencarnante une-se, por um cordão fluídico, ao ovo e, por meio dele, influencia automaticamente a formação do embrião e do feto; por isso, o estado de perturbação ou embotamento da consciência não impede que o espírito imprima suas características básicas em o novo ser. Consequentemente, o organismo reflete o estado daquele.

As doenças físicas, em suma, não passam de distúrbios do perispírito (veja abaixo) transpostos para a carne, que promove o tratamento das imperfeições do espírito em si. Daí deriva a importante função das moléstias na vida do Espírito eterno, assunto estudado posteriormente.
Merece, em vista disso, o corpo material o nosso cuidado. Ele é uma concessão da Bondade Divina, em vista de dificilmente o nosso comportamento torná-lo um direito, por méritos adquiridos. Assim, recebemo-lo ajustado às nossas necessidades evolutivas, porquanto, os mentores da Esfera Superior produzem nele (atuando sobre os cromossomas do ovo) as alterações indicadas para nossa futura melhoria: aqui, uma lesão numa válvula do coração, ali um diabete, acolá um intestino preso ou uma perna curta, etc. De sorte que, além das inferioridades que cada um impõe ao seu corpo por pertencerem ao espírito, pode haver defeitos impostos por necessidades expiatórias.

2. Nos mundos espirituais, o espírito usa, como veículo de manifestação, um corpo especial que, no Espiritismo, se chama perispírito (também dito: corpo astral ou fluídico). No encarnado, ele funciona como intermediário entre o espírito e o organismo, governando a formação e o funcionamento deste, conforme apreciamos acima e, em parte, no n.0 6, onde vimos, também, as provas materiais de sua existência; apreciamos, por exemplo, que nas culturas de tecido (um fragmento de músculo ou de raiz) as células dividem-se sem parar, mantendo-se a vida vegetativa devido ao princípio vital, mas sem orientação por faltar o diretor do crescimento - o perispírito; na regeneração dos animais inferiores, ao contrário, persiste o órgão perispiritual rio local amputado e, por isso, a vida orgânica refaz-se. No corpo humano, processa-se a renovação constante da matéria admitida no metabolismo, sem que a individualidade sofra alteração; é ele quem mantém a unidade das formas e das funções.

Provas espirituais de sua realidade são: o desdobramento, pelo qual o indivíduo percebe a si mesmo afastado do corpo, que se acha entorpecido, e pode-se manifestar à distância (sob o nome de bicorporeidade ou bilocação); e as aparições, de variada natureza: o que foi visto pelo inglês em 2.15? O corpo fluídico do nativo morto há pouco. Quando o espírito desliga-se do corpo e o perispírito torna-se visível, costuma receber o nome de duplo ou duplo fluídico; nesse estado, pode conversar, escrever e realizar trabalhos vários (há uma mediunidade de desdobramento).
O perispírito é constituído de matéria, porém, caracterizada por outro estado vibratório. Varia de mundo para mundo. t indestrutível, mas poderá ser lesado e mesmo mutilado, com amplas perdas de substância, em face da persistência na prática do mal; em certos casos, chega a assumir formas animalescas (serpente, lobo, e gr.) - pois é fato notório ser ele sensível (e reagir) ao estado moral do espírito. Se cometermos suicídio com um tiro no peito, o perispírito ficará ferido e ensangüentado por longo tempo; se tomarmos um cáustico, terá uma lesão na faringe; se nos apossarmos do alheio, as mãos ficarão como garras; e assim por diante.

Purifica-se e torna-se etéreo conforme o espírito vai progredindo em moralidade. Pensamentos e sentimentos reagem constantemente sobre o corpo fluídico, tornando-o mais denso e sombrio se forem maléficos ou mais leve e luminoso se forem benéficos. Ele emite radiações que variam de natureza e intensidade conforme o estado mental do seu portador; tais emissões são formadas de fluidos. Em síntese, é um verdadeiro arquivo de tudo quanto o sujeito aprendeu, experimentou e assimilou: recordações, conhecimentos acumulados, vidas passadas, etc., têm nele seu registro. E o agente de todas as manifestações da vida - tanto na terrena, para o homem, quanto na espiritual, para o espírito.

Os chamados "concomitantes orgânicos" das emoções, como ansiedade, ódio e medo, são sintomas físicos de desarranjos funcionais provenientes de estados de espírito que atingem o corpo através do perispírito; uma pessoa ansiosa pode precisar ir ao banheiro freqüentemente, comer demais, etc. Sua matéria deixa-se modelar pela força do pensamento e, assim, os espíritos podem mudar a aparência se o quiserem, sem alterar, é claro, a natureza íntima, pois, ninguém consegue negar sua posição evolutiva.

Por outras palavras: é o agente da evolução orgânica e espiritual.
Já há uns 50 anos, a existência de um corpo fluídico nos seres vivos recebeu inesperada confirmação da ciência materialista. O técnico em eletricidade Semyon Kirlian, coadjuvado por sua esposa Valentina, na Rússia, construiu uma câmara elétrica de alta freqüência na qual se podem obter fotografias coloridas, de grande beleza, de uma parte imaterial nos animais e plantas. Nesse longo lapso de tempo, físicos e biólogos estudaram profundamente o fenômeno Kirlian que, bem mais tarde, vulgarizou-se no Ocidente. Grande número de curiosos criaram suas próprias máquinas para tirar tais fotos que se caracterizam por um halo luminoso magnífico, composto de miríades de cintilações de variada nuança.

Ora, mesmo uma moeda inerte gera um (fraco) halo luminoso em torno de si. Daí, partiu-se para a identificação do fenômeno kirliano com o bem conhecido efeito corona - que é um halo luminoso azulado que se forma em torno dos condutores elétricos expostos ao ar, preocupante para as companhias de eletricidade porque representa certa perda de energia ao longo dos cabos de alta tensão durante o trajeto, que chega a medir centenas de quilômetros.
Entre as fotos de tecidos vivos e as fotos de objetos inanimados há uma diferença acentuada, como acaba de assinalar-se: naquelas, a luz é tremeluzente, mais extensa e de cores diversas; nestas, ela é estreita, uniforme e imóvel. Mais ainda, a vida introduz variações apreciáveis na irradiação; esta diverge conforme o estado de sanidade dos tecidos e até o estado emocional da pessoa. Pensou-se que a diferença relativa a vivo e inerte, bem como as variações na cintilação no primeiro caso, fossem devidas a distintos teores de água nos tecidos orgânicos, mas a idéia não teve curso.

Os próprios físicos russos deram àquela parte revelada pelas fotos kirlianas a designação de corpo de energia, corpo energético ou corpo bioplasmático, que teve mais difusão. Tal energia, afirmam os cientistas, é de natureza desconhecida. Mas, sensata e honestamente, proclamaram: "O homem não é uma simples máquina", contra as concepções básicas do seu governo, a respeito da vida e do mundo. Aí está o nosso antigo e modesto perispírito - -.
3. Fluido é designação genérica de líquidos e gases. Dentro do Espiritismo> porém, a palavra ganhou um sentido especial, designando vários tipos de matéria mais rarefeita do que um gás. Ensinam os Espíritos, e admitem alguns cientistas (como Haeckel), que existe um princípio elementar, uma substância primária, no Universo, de cujas modificações e transformações procedem todos os corpos que conhecemos; é a matéria cósmica ou fluido cósmico universal, de Kardec.

O fluido universal apresenta dois estados extremos: um estado de eterização, no qual ele se mostra como os vários tipos de energia que conhecemos (raio X, luz, eletricidade, etc.) e um estado de condensação, no qual vem a ser a nossa matéria densa, tangível. Vimos anteriormente que matéria e energia são estados relativos da substância, podendo-se passar de uma à outra; já não é só a unidade da matéria, mas a unidade da substância. Entre os dois extremos, há numerosos estados intermediários - que correspondem aos chamados fluidos; conquanto imponderáveis e etéreos, são tidos como formas rarefeitas de matéria, com outro padrão vibratório. ~ justamente dessa matéria que o perispírito é composto, tendo ele a propriedade de irradiá4a a certa distância. Para nós, são inconsistentes ou inexistentes; para os videntes, são feixes luminosos que escapam do corpo; para os espíritos, são tão compactos como a madeira é para nós e, por isso, é o material que usam em suas manipulações. Os fluidos mais próximos da matéria por sua constituição formam a atmosfera espiritual da Terra, que é, deste modo, pesada e sufocante, dizem os mentores; resulta esta das emanações da mente encarnada, sempre cheia de negras preocupações e intenções nem sempre dignas.

Impondo o pensamento por meio da vontade, os espíritos atuam sobre os fluidos. Orientam-nos, modificam-nos, dão-lhes formas, cores, mudam suas propriedades químicas, etc. Operando assim, produzem aparências, roupas, objetos, que podem exibir aos homens, muitas vezes assustando-os com produções fluídicas terrificantes dadas como alucinações; por outro lado, os espíritos superiores empregam produções do mesmo tipo para o efeito oposto. Eles criam objetos de que gostam ou desejam, mesmo inconscientemente. Um espírito, por exemplo, que se julga vivo na Terra, pode gerar um ambiente fluídico se o seu pensamento permaneceu fortemente concentrado na vida que tinha antes de morrer: ele continua "doente" em sua cama e cuidando dos seus objetos e serviços como se fossem realidades físicas e não imagens mentais materializadas por meio de fluidos.

A instrutora Yvonne A. Pereira descreve um notável caso assim (Recordações da Mediunidade). Tais construções fluídicas interpenetram as construções materiais terrenas: coexistem, no mesmo local, uma bela casa de alvenaria e um mísero casebre mental, ambos igualmente sólidos para os respectivos habitantes. "A criação mental sólida" deriva, pois, da fixação no passado; o espírito, vê-se novamente, precisa renovar-se constantemente pelo estudo e prática do bem, necessita expandir-se na direção de seus semelhantes, senão cai na estagnação que acaba de ser relatada.


4. Possui o Espírito, encarnado ou não, uma atmosfera fluídica que irradia em torno do corpo, dita aura. A transfiguração de Jesus foi uma irradiação perispirítica, com grande aumento da aura. O perispírito de uma pessoa pode emitir emanações fluídicas mais fortes e orientadas numa dada direção se ela o quiser, se aplicar sua vontade a isso. Dirigindo, com as mãos, sobre outrem seus fluidos, com a intenção de beneficiar, realiza o que se chama passe. As emanações perispirituais têm influência sobre os outros; se enviam fluidos bons, são salutares; se veiculam fluidos escuros, procedentes de mentes perturbadas e de intenções menos dignas, são perniciosas. As pessoas sensíveis sentem logo uma impressão penosa à aproximação de um espírito mal-intencionado ou desequilibrado. Os pensamentos elevados e as palavras limpas, aliados a um corpo sadio, são indispensáveis ao passista.

Os fluidos detêm apreciável poder curativo. A imposição das mãos é um método clássico de tratamento rápido. Vimos antes que o sábio médico Mesmer (2.6) introduziu tal método na época moderna, chamando de magnetismo animal a propriedade curativa do homem decorrente das suas emanações fluídicas aplicadas a outros. Tanto o fluido do homem tem ação magnética e cura, quanto o fluido do Espírito; geralmente, porém, os espíritos espontaneamente cedem seus fluidos ao passista humano, combinando os dois tipos e reforçando a ação, que a prece intensifica mais ainda. Muitas vezes, o passe não objetiva uma cura que razões espirituais (ligadas a débitos) não permitiriam; serve, no comum dos casos, para descarregar fluidos deletérios que o sujeito absorveu ou fabricou no contato com os demais e para fortalecer disposições mentais e estruturas orgânicas menos firmes.

Leiam-se: André Luiz (Missionários da Luz e Nos Domínios da Mediunidade), A. e O. Worrall (O Dom de Curar, Ed. Pensamento), W. de Toledo (Passes e Curas Espirituais, E. Pensamento) e E. Armond (Passes e Radiações, Aliança E. Evangélica).
5. Os fluidos humanos e animais atuam também sobre as plantas. Busquemos entender como, a lógica do processo.
Sabemos, hoje, que os mecanismos da vida são precisamente os mesmos em todos os seres, sejam animais ou vegetais: constituição celular, princípios genéticos básicos, fatores e processos evolutivos, reprodução sexuada, síntese de proteínas e de enzimas, digestão, respiração e até o funcionamento nervoso na intimidade dos tecidos; atinge-se um nível no qual mesmo certos interferons (que são proteínas) humanos protegem células vegetais contra infecções por determinados vírus! Qualquer conjunto de células vegetais, sendo tocado exteriormente, ou seja, estimulado, recebe um pouco de energia e torna-se excitado - tal qual um tecido animal o faria.

Semelhante excitação propagar-se-á para longe do ponto inicial e poderá ser detectada por meio de uma reação que o estímulo desencadeou; esta reação ou será motora (mediante órgãos móveis) ou elétrica (que ocorre em todos os tecidos e órgãos). Como as plantas, em geral, são imóveis, a verificação da excitação faz-se mediante a resposta elétrica, com um aparelho próprio e mui sensível (galvanômetro, que pode ser conectado a outros, fazendo-o inscrever sobre papel, por meio de uma agulha com tinta, a modificação que ele assinalar na intensidade elétrica) .

Se examinarmos a resposta consistente no dobramento de um pêlo glandular (comuníssimo no reino vegetal), medindo os impulsos elétricos que descem ao longo dele quando tocado, veremos que o movimento do pêlo decorre de súbitas alterações no potencial elétrico que atravessa as paredes celulares - alterações essas idênticas ao impulso nervoso que corre através de prolongamentos das células nervosas. O mecanismo, na intimidade, é semelhante nos dois tipos de seres vivos.

Agora, outro lado da questão. Uma planta possui também um corpo fluídico. Ligada a um aparelho registrador (acima mencionado) suficientemente sensível, exibirá respostas (ou reações) a pensamentos, emoções e mesmo intenções de um ser humano - e muito particularmente à morte de qualquer animal, por mais insignificante que seja (e até a células vivas isoladas, por exemplo, raspadas da face interna da boca). Vejam bem: respostas ou reações, pois ela é desprovida de sensações e de percepções por lhe faltarem os respectivos órgãos dos sentidos. Ainda assim, um vegetal mostra patente sensibilidade que é uma faculdade do corpo espiritual (ou organismo bioplasmático) - sensibilidade no sentido de capacidade de reagir a certos estímulos.

O que não havia até uns 20 anos atrás era o aparelho adequado para revelá-la, mas Emmanuel, A. Luiz e A Grande Síntese já mencionavam tal propriedade, sem falar no cientista J. C. Bose, entre nós pouco conhecido. Cf. no jornal Desobsessão, RS, 388: 6-12-1980, um extenso estudo sobre a questão aqui analisada, caso queira ampliar os seus horizontes intelectuais.

O que um homem e um animal enviam a uma planta são fluidos (matéria sutil emanada dos respectivos perispíritos) Estados mentais e emocionais mais intensos (uma crise de ódio, raiva, um sentimento mais afetuoso, um prazer forte, a morte violenta, etc.) fazem escapar cargas fluídicas mais energéticas ou mais densas ou mais leves, escuras, etc. Suponha um indivíduo que queira queimar uma folha ou que pretenda matar alguns peixes; tal disparará certa qualidade vibratória de fluidos, diferente das suas emissões habituais. O vegetal reage a tais fluxos fluídicos quando é atingido por eles; o seu psicossoma é primitivo, mas não inerte. E o que o aparelho registra: a reação pela diferença de potencial elétrico; a planta não quedou indiferente - mas também não viu nem sentiu" dor pelo que houve---

A conclusão é que em a natureza tudo se encadeia, conforme afiança repetidas vezes O Livro dos Espíritos e que existe nela uma forma primária de comunicação instantânea entre todos os seres vivos.
André Luiz refere-se (Nosso Lar e Ação e Reação) a fluidos vegetais retirados de certas árvores por atendentes espirituais e aplicados em doentes como remédios eficazes, o que significa que podemos sentir-lhes os efeitos. Certas pessoas, 'dotadas de almas elevadas e poderes psíquicos igualmente avançados, denotam a capacidade de modificar o comportamento de suas plantas cultivadas tão só expressando os seus desejos de que cresçam melhor. Temos notícias de que Edgar Cayce conseguia isso no seu jardim, do qual gostava de cuidar pessoalmente.

A eminente médium-vidente e curadora da igreja de Monte Washington (Estados Unidos), Olga Worrall, certa feita, querendo levar algumas cristas-de-galo imaturas a uma exposição de flores, pediu-lhes gentilmente que crescessem mais uns 2 cm até o dia seguinte. Ora, para espanto do esposo, ao nascer o novo dia as inflorescências estavam 25 mm maiores e ela obteve ? primeiro lugar... O pastor (também químico) Franklin Loehr, em numerosos testes usando grande número de seus audientes, empreendeu experiências sobre a ação da prece na aceleração da germinação de sementes, conseguindo 20% de ampliação do fenômeno. Eis o que comenta o ilustrado escritor Hermínio C. Miranda (Anuário Allan Kardec, 1970, p. 15):

"Para nós, espíritas, as notáveis experiências do Dr. Loeher têm o significado de uma confirmação. A planta é um ser vivo que responde ao amor e às vibrações simpáticas emanadas de um espírito bem intencionado."

Ainda pode praticar-se, com sucesso, a oração negativa, desejando que nada cresça.
Não deixa de ser importante transportar para aqui alguns dos vários resultados experimentais registrados na literatura e aceitos como cientificamente válidos. Eles demonstram que os fluidos humanos podem agir, deveras, sobre animais e plantas. Vejamos um exemplo típico de cada, configurando aquilo que a Parapsicologia, sob outro aspecto, chama de psicocinese, ou ação da mente sobre a matéria.

O Coronel Oskar Estebany, antigo oficial do exército húngaro, aos poucos desenvolveu a capacidade de curar pela imposição das mãos; começando com cavalos, foi ampliando o campo de ação para incluir outros animais e até o ser humano. Tornou-se conhecido graças à faculdade citada. Reformado, mudou-se para o Canadá. Acreditava veementemente em seus poderes e aceitou o convite para participar de experiências científicas, feito pelo Dr. Bernard Grad, bioquímico do Allan Memorial Institute of McGill University. O Dr. Grad queria comprovar mediante testes seguros, em laboratório, se era possível influenciar seres vivos sem contato.

Em 1960, tiveram início os experimentos com camundongos. Destes, pequeno retalho de pele era retirado do dorso. Foram, depois, distribuídos em três grupos: 1) animais sobre cuja gaiola o Coronel Estebany simplesmente colocava a mão espalmada por cima, do lado de fora; 2) animais tratados da mesma maneira por uma pessoa sem dotes curativos; 3) animais que não receberam nenhuma imposição de mão. Isto durante alguns dias apenas. Em duas séries de tais ensaios, evidenciou-se que os camundongos tratados pelo oficial curaram-se significativamente mais depressa.

Daí por diante, B. Grad passou a investigar o processo germinativo. Em numerosos testes, sementes de centeio embebidas em água cujas garrafas o Coronel segurara entre as mãos foram comparadas com outras tantas embebidas em água não tratada. As pessoas que realizaram as contagens e medições das plântulas ignoravam quais delas tinham recebido a água influenciada por O. Estebany. Os achados confirmaram as experiências mencionadas anteriormente: houve crescimento significativamente mais rápido das plantinhas germinadas na água fluidificada pelo referido curador militar (1965).

Muitos outros experimentos científicos foram levados a cabo com o mesmo, inclusive para acelerar reações químicas e aumentar a hemoglobina no sangue. Na França, um biólogo queria o contrário: retardar o crescimento de certo fungo cultivado no seu laboratório; três indivíduos deram conta do recado, cada um por sua conta (acima mencionei a oração negativa para vegetais). Na Islândia, o já citado Haraldsson verificou que sensitivos podem apressar a multiplicação da levedura em tubo de ensaio...

Autor:
Carlos Toledo Rizzini

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