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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Caridade Verdadeira -II


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visão da Religião Divina que aponta um entendimento ainda maior da definição de Caridade, pois se es
tende para além do ato, do momento, oferece o amparo que o outro precisa. Ela, a Caridade, imprime nessa doação, um sentido maior de responsabilidade, pois o objetivo está em erguer definitivamente a criatura carente, ao ponto de que aquele que antes fora o necessitado se torne apto a ajudar os outros. E todos temos algo a oferecer: "Pois quem não tiver dinheiro/ Há de ter o equivalente:/ Um sorriso prazenteiro/ Ao visitar um doente;/ (...)E muitas coisinhas mais/ Que exigem Boa Vontade,/ E que os Legionários leais/ Fazem pela Humanidade" (Poema da Fraternidade Real, de autoria de Alziro Zarur).

Eis aí, o significado da Caridade Completa, a mais eficiente política a ser implementada –— fato sempre destacado pelo Presidente-Pregador da Religião de Deus, 
"Política devia chamar-se Caridade"6 —, que é capaz de minimizar e até mesmo sanar os mais diversos problemas sociais a partir do conceito de Democracia autêntica, que é enfim participativa sem a necessidade do ingresso dos indivíduos na vida pública, pois no entender da Dialética da Boa Vontade ela é "o regime da responsabilidade, do respeito sincero à razão, à inspiração e aos direitos dos Povos", postura que deve partir dos governos e de seus cidadãos.

É preciso alcançar a definição de Caridade que possa compreendê-la no centro das relações humanas: 
"A caridade não é um sentimento de tolos. É a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de generosidade, a Religião"8. Esse pensamento define bem o conceito de Caridade que é a força motriz capaz de revolucionar, pois eleva a nossa perspectiva para enxergar nela uma virtude inerente ao nosso caráter. Portanto, a Caridade, também deve ser manifesta, pois é traço genético espiritual da Humanidade.
           

O próprio Cristo quem nos revelou esta verdade de nossa origem, por intermédio do Evangelista João, que em sua primeira epístola, no capítulo 4º, versículo 8º, registra: "Deus é Amor". E fomos nós criados à imagem e semelhança de Deus, revela-se aí a nossa origem em Caridade.

Não pode haver desenvolvimento, progresso e globalização sem esse entendimento, ou jamais seremos capazes de perceber as nossa reais necessidades, e qualquer formulação moral e ética não pode esquecer-se disso.

A partir dessa perspectiva preconizada pela Religião de Deus, por intermédio de seu presidente-pregador, percebemos que o motivo de a Humanidade viver em conjunto é a Caridade, pois é ela, inclusive, o elemento que dá sentido à nossa vida, e não mais, como muitas vezes tida como simples associação se dá pelo medo, passividade, ou mesmo por autopreservação, conforme constatações antigas do campo filosófico, sociológico e político, em que se destacam os contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau — esses pensadores criaram teses a respeito de qual seria a natureza humana e a origem do pacto social.

Ao vermos o nascer da criança neste mundo em suas primeiras manifestações de carinho pela mãe, como se reconhe
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cesse a confiança amiga na presença amorosa, ou até mesmo os mais comuns laços afetivos criados no cotidiano da convivência, podemos perceber a manifestação dessa nossa essência. Portanto, as famílias, sendo o modelo primário das comunidades, deve ser o núcleo protetor desse sentimento."As famílias são abençoadas por Deus, porque constituem o esteio da saúde, do progresso e da Paz, sempre pronto aos apelos dos sentimentos do Criador"10, conforme afirma o Irmão Bezerra de Menezes (Espírito).

Sendo assim, o lar não pode ser ambiente de discórdia, desunião, ou violência. É no seio familiar que o indivíduo deve sentir-se protegido para confiar e compartilhar suas dúvidas, felicidades e dores, para que, seguro e amparado possa, no seu convívio diário com outras pessoas, manifestar o respeito, solidariedade, portanto Caridade. Ademais, aquele dia ruim pode ter origem numa discussão no lar, ou mesmo na incompreensão do ser amado, etc. Sobre isso, Paiva Netto nos chama a atenção para o fato de que 
"quando Você se levanta, bota o pé no chão... e fala com a sua mulher, com o filho, com seu pai, com sua mãe, com um parente, ou uma pessoa amiga que está na sua casa, o que está fazendo senão Política?", portanto estamos ajudando a construir o destino da Humanidade, e sentencia: "Política é a simples arte de viver bem".

O desafio é nosso, ao ponto de que a vitória também. Todos devemos nos esforçar nessa luta. Que possamos nos apresentar para essa batalha, e lutarmos corajosamente para que este planeta seja digno da herança que o Pai Celestial nos legou: o Amor.

Aplica-se a essa reavaliação nos rumos de nosso destino a advertência do Educador Celeste à Igreja em Éfeso: 
"Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras" (Apocalipse, 2:5).".

Este e outros artigos do autor José de Paiva Netto, podem ser conferidos na íntegra, no >Portal Boa Vontade


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