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sábado, 13 de agosto de 2011

Exercer a mediunidade




Osvaldo Shimoda Escreve ::

 Você está cumprindo o acordo feito no Astral? Síndrome do pânico, vida bloqueada, inquietação, angústia, choro fácil (sem motivo aparente), fobia, isto é, mal-estar em locais públicos (cinema, shopping, metrô, shows), instabilidade de humor (humor extremado), costumam ser os sintomas clássicos de um médium em desequilíbrio. Mas, por quê?

Em minha experiência clínica no consultório, são dois os fatores que causam esses transtornos:

 1) Assédio espiritual: por conta dos canais mediúnicos abertos, esses médiuns são constantemente atacados por seres das trevas -sejam obsessores espirituais (desafetos do passado do paciente, em que foram prejudicados pelo mesmo e, com isso, buscam prejudicá-lo e, movidos à ódio e vingança, querem acertar as contas)- ou espíritos oportunistas, que querem um auxílio, um amparo espiritual.

 2) Não cumprimento do acordo feito no Astral: por terem prejudicado e gerado muito sofrimento às pessoas em existências passadas; para repararem esse erro, no Astral, firmaram juntos com os seus mentores espirituais um acordo, um compromisso de trabalho espiritual como médiuns ao reencarnarem nesta vida terrena -seja em incorporação, ou mesmo em cura, através da imposição das mãos-, ajudando os necessitados. No entanto, por indulgência, rebeldia, teimosia, imaturidade espiritual, falta de esclarecimento, preconceito, receio de assumirem responsabilidade como médiuns-, ignoram, negam ou fogem dos trabalhos mediúnicos nos centros espíritas Kardecistas, umbandistas, etc.. Preferem, portanto, o caminho da dor, do sofrimento, em vez de seguirem o caminho do amor, da boa vontade, exercendo a mediunidade no auxílio ao próximo. Freud, o pai da psicanálise, dizia: Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, o ser humano tende a mudar. Infelizmente, é nessa condição que a maioria de meus pacientes médiuns vem ao meu consultório. Recordo-me de uma paciente que me procurou por conta de estar perdendo sua audição (ela tinha 70% de acuidade auditiva no ouvido direito e 40% no esquerdo).

Clinicamente, os exames feitos pelos médicos não acusaram nenhuma lesão ou quaisquer distúrbios orgânicos em seu aparelho auditivo.

Ao passar pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) -A Terapia do Mentor Espiritual, abordagem psicológica e espiritual breve, criada por mim-, seu mentor espiritual lhe mostrou uma cena de uma vida passada, na qual trabalhava como médium num centro espírita Kardecista, mas auxiliava os necessitados escutando-os com má vontade.

Por fim, acabou abandonando a casa espírita, preferindo as noitadas, as festas e veio a falecer de overdose de cocaína nessa existência passada. Após seu mentor espiritual ter lhe mostrado essa cena da vida pretérita, disse-lhe que hoje sua cura auditiva dependia da cura dos necessitados, caso viesse a trabalhar no centro espírita. Ou seja, estava tendo novamente a oportunidade de exercer a sua mediunidade ouvindo, ajudando os mais necessitados, desta vez com interesse genuíno em ouvi-los e ajudá-los.

 Confira, a seguir, o caso de uma paciente que sofria de Síndrome do pânico, angústia, inquietação, choros constantes sem motivo aparente, tudo por não estar exercendo sua mediunidade, compromisso firmado com o seu mentor espiritual no Astral. Caso Clínico: Compromisso espiritual com a mediunidade Mulher de 48 anos, divorciada, dois filhos

 A paciente veio ao meu consultório querendo saber qual era o seu verdadeiro caminho espiritual, pois não havia ainda se encontrado espiritualmente, apesar de ter frequentado a Igreja Católica, Seicho-No-Ie, Kardecismo, Umbanda, e tendo buscado a Apometria e o Santo Daime. Sofria de Síndrome do Pânico; sua primeira crise de pânico se manifestou aos 18 anos (na ocasião, ela estava grávida).

 Não conseguia entrar em elevador e frequentar locais de muita aglomeração (metrô, shopping, cinema). Após saber que o pai estava com câncer, veio a segunda crise de pânico (tinha insônia, não dormia à noite, pois sentia que ia morrer, com falta de ar, sufocamento, taquicardia, sudorese, angústia, inquietação).

Antes, não conseguia viajar de avião ou de ônibus, pois tinha medo de ficar presa. Hoje conseguia sair de casa, embora, quando veio a São Paulo de avião, sentiu medo de ter novamente a crise de pânico. Costumava sentir no seu cotidiano muita angústia, inquietação e vontade de chorar; sem motivo aparente.

Queria entender também por que só se envolvia com homens que lhe traziam sofrimento, desarmonia e sempre padecendo de uma situação financeira precária, a ponto de ter que ajudá-los financeiramente. Por fim, queria entender o seu relacionamento com a mãe, que a tratava duramente, com imposições, cobranças, possessividade (se ficasse dois ou três dias seguidos sem ligar para a mãe, ela a cobrava).

Não conseguia ser mais firme e incisiva com ela, pois tinha medo de magoá-la. Sendo assim, sentia-se culpada quando a contrariava. Após ter passado por duas sessões de regressão, a paciente veio na terceira e última chorando, angustiada, sentindo novamente os sintomas do pânico. Após orarmos juntos, mais calma, ao regredir, ela me relatou: Meu semblante se fecha... parece que não quero enxergar... algo me incomoda. (pausa). - O que lhe incomoda? - Perguntei à paciente.


Não consigo entender... é como se não quisesse ver. É uma coisa ruim, mas gostaria de ver. - Peça ao seu mentor espiritual para que lhe mostre - peço à paciente. Ele diz que na verdade eu não quero entrar em contato com a minha situação de vida. - A que situação de vida ele está se referindo? Ele está se referindo ao que me faz sofrer, ao fato de eu ter essa angústia, inquietação e crises de pânico. Diz que estou sendo rebelde com o compromisso que preciso assumir. (pausa). - Que compromisso? - Pergunto novamente à paciente. Ele se refere ao meu trabalho mediúnico. Afirma que eu me comprometi antes de reencarnar, no Astral, a fazer um trabalho espiritual -através de minha mediunidade- em ajudar às pessoas, mas diz que tenho duvidado, não tenho confiado no Poder de Deus. Eu tenho sido teimosa, diz que não estou acreditando na importância de fazer esse trabalho para realmente ajudar as pessoas e também me ajudar. Em vez disso, prefiro me esconder, fugir dessa responsabilidade. - Pergunte-lhe por que você assumiu no

Astral o compromisso de ajudar as pessoas com sua mediunidade? “Ele fala que já prejudiquei muita gente em outras vidas. Então, exercer a minha mediunidade é uma forma de reparar o mal, todo o sofrimento que causei às pessoas. Esclarece também que a minha alma me cobra. Mas diz que tenho deixado de cumprir, que não estou levando a sério esse compromisso“. - Pergunte ao seu mentor espiritual por que você não está levando a serio seu compromisso? “Ele diz que é uma questão de vaidade, de rebeldia, de dúvida, de não acreditar que isso é importante. Fala que, no fundo, a minha alma sabe da necessidade de se fazer esse trabalho espiritual, mas que me deixo ser levada pelo meu egoísmo, de só querer receber. Fala ainda que por ter essa consciência espiritual, estou em condições de exercer a minha mediunidade em benefício do próximo.

Reafirma que tenho condições, maturidade espiritual e moral para o trabalho mediúnico, porém, estou sendo indolente, desleixada. Pela minha teimosia, estou preferindo seguir o caminho da dor. Diz que ainda estou apegada à dúvida do meu ego, do “ver para crer”, mas que não preciso mais disso, que tenho maturidade o suficiente para entender o lado espiritual. O meu mentor espiritual reconhece que tenho buscado bastante a fé -através da prece e das leituras de literatura espiritual-, mas esclarece que se realmente quero demonstrar a fé em Deus, tenho que colocar em prática a minha mediunidade”. - Pergunte-lhe que tipo de mediunidade você precisa desenvolver? “Diz que é a mediunidade de cura, que tanto posso trabalhar em incorporação, bem como não incorporar, utilizando a cura através da imposição das mãos, orientada pelos meus guias espirituais”. - Onde você pode desenvolver esse trabalho mediúnico? - Peço à paciente.

 “Afirma que é na Umbanda”. - Por que na Umbanda? - Pergunto novamente à paciente. “Ele me esclarece que é por causa dos meus guias espirituais, isto é, os caboclos que me acompanham. Diz ainda que na Umbanda o meu trabalho mediúnico irá fluir melhor... eu me recordo que me senti muito bem quando participei dos rituais de Umbanda, identifiquei-me com muita facilidade com os trabalhos da casa. Ele me diz que é uma identificação de alma. Realmente me senti muito bem. Quando era adolescente, gostava muito das músicas da cantora Clara Nunes (já falecida). Ela cantava uma música chamada ‘Guerreira’, onde ela dava uma ‘salva’, que é um cumprimento dos caboclos. Ela cantava saudando desde os orixás até Jesus e Nossa Senhora da Conceição. Eu ficava arrepiada quando escutava essa música, sentia uma alegria intensa.

Já vi um índio quando estava orando em meu quarto. Ele era lindo, forte, grande, e usava um cocar. Aliás, a minha descendência é indígena. Eu me identifico também com o barulho dos atabaques utilizados nos rituais do Santo Daime. Tomei o Ayahuasca (uma infusão vegetal psicoativa da Amazônia com o fim de catalisar processos interiores e espirituais, sempre com o objetivo de cura e bem-estar do indivíduo, bem como o autoconhecimento e interiorização, meios eficazes de obter sabedoria).

O meu mentor espiritual pede para que me firme cada vez mais em Deus, que continue orando, e de uma vez por todas inicie o mais rápido possível na Umbanda, pois já estou atrasada. Diz que o tempo urge, que não tenho mais que ficar adiando tudo, como venho fazendo.(Continue lendo)




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