Meus Amigos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poesia da Rose para seu amado Pai

Rose Ah... meu pai... Morreu tão novo... pele sem vincos... Olhos cheios de surpresa. Deixei você pelo caminho... Lá onde deixei nem é tão longe... Há pouco ainda carregava sua voz, seu cheiro de suor, sua camisa xadrez... Resolvi deixar você Descansando um pouco de mim... Ficou lá na beira do caminho à beira do trigal e do campo de girassóis, desenhando na areia da estrada... Talvez eu não volte mais para buscá-lo Talvez eu o deixe órfão de mim. Mas eu volto para avisar que não venho. Quando eu voltar, trago-lhe meu peão feito de carretel e minhas caixinhas de fósforos encapadas de chita vermelhas e amarelas! Beijarei seu rosto sem vincos e você vai achar estranho meu beijo velho com perfume de maracujá maduro... Depois eu vou... Antes que pergunte o me nome Antes que se lembre quem sou.

Nenhum comentário: