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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Reencarnação e laços de família.


Reencarnação e laços de familia




Amigos, para poder entrar no assunto proposto que é reencarnação e laços de família, é importante primeiro abordar o estudo do perispírito,

Somos compostos de corpo físico, espírito e perispírito.
O perispirito é o molde do corpo físico, que preexiste a este, isto é, existimos no plano espiritual que é nosso verdadeiro lar, até que seja necessária uma nova encarnação, cujas programações são feitas minuciosamente com nossos mentores no astral.
Existem relatos na literatura espirita de pais que durante o sono do corpo fisico, são levados ao plano espiritual ( em desdobramento, isto é, o espirito juntamente com o perispirito, afasta-se do corpo que permanece dormindo, ligado por um cordão fluidico), onde conversam e combinam o nascimento do espirito que receberão como filho...

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Reencarnação e laços de família
JOSÉ ARGEMIRO DA SILVEIRA
de Ribeirão Preto, SP

"Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo" Jesus (João, 3:7)

No Livro da Esperança, lição n.° 8, Emmanuel nos lembra que, depois da morte, sentimentos indefiníveis nos senhoreiam o coração. Sentimentos contraditórios afloram à consciência, destacando erros e acertos da jornada terrena. Mágoas e júbilos, poemas de ventura e gritos de aflição. Por um lado a alegria por tarefas realizadas, aquisições obtidas, vitórias alcançadas. Por outro lado, sentimos as falhas cometidas, oportunidades perdidas, lesões causadas ao próximo por motivos irrelevantes. Um companheiro espírita, após a desencarnação, afirmou, através de médium confiável, que, ao passarmos para a vida espiritual analisamos os acontecimentos de modo bem diferente de quando estamos no plano físico. Coisas que nos pareciam importantes, após a morte do corpo, são como bolhas de água e sabão. E fatos a que não dávamos valor enquanto na matéria, após o desencarne, percebemos serem realmente relevantes.

Emmanuel, no texto citado, considera que ainda estamos longe das esferas superiores, onde os seres, já despertos, desfrutam de paz e bem estar; mas já distanciamos das regiões inferiores, possuímos algum desenvolvimento, e para continuarmos a jornada evolutiva concede-nos a Providência Divina o refúgio do lar, na Terra, para mais uma etapa de realizações e aprendizado. Novamente no corpo físico, reencontramos na forma de parentes e companheiros os irmãos a quem ferimos, ou maltratamos no passado. É no lar que temos a oportunidade de nos exercitarmos na vivência dos ensinos de Jesus. Compreensão, tolerância, renúncia, perdão são qualidades que quando vivenciadas no lar, mais fácil se torna o relacionamento social, junto dos demais.

Fala-se muito em crise. A crise principal, que dá origem a todas as outras, é a crise moral. E esta decorre, em grande parte, no desmantelamento dos laços de família, como vem ocorrendo. "... Nas últimas décadas, o número de homicídios entre adolescentes quadruplicou, o número de suicídios triplicou, e de estupros dobrou. Com mais da metade dos casamentos atualmente terminando em divórcio, milhões de crianças estão sujeitas a problemas que muitos cientistas sociais associam à dissolução da família" (1)

Em 1994 a ONU dedicou aquele ano como "O Ano Internacional da Família", e o movimento espírita lançou campanha visando sensibilizar o público para a importância do viver bem, em família. Sabemos que os ensinos da Doutrina só tem valor quando aplicados, vivenciados. Só aprendemos a fazer, fazendo.

Somos Espíritos criados por Deus, portanto, irmãos, formando uma só família. "Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando ao plano espiritual, eles se reencontram, como amigos, na volta de uma viagem". (2) Mas nem sempre a família consangüínea é constituída só pelos Espíritos afins. Pode ser constituída também por pessoas bem diferentes entre si, para testar virtudes, ou ensinar/aprender aspectos diferentes da vida. O motivo da aproximação, nesse caso, seria de provas e aprendizado. Podem, ainda, os membros de uma família estarem ligados por vínculos criados anteriormente, uns sendo devedores dos outros, e o motivo da ligação é o reajuste, a reconciliação. Daí, a necessidade de acertarmos nossas contas com os nossos irmãos, enquanto estamos a caminho com eles, conforme ensinou Jesus. Não fazemos parte de uma família por acaso. Estamos nesse grupo, por razão séria: ou para ajudar alguém, ou para reconciliarmos com determinados irmãos, ou, ainda, para aprendermos uns com os outros. O sábio Emmanuel nos convida a aplicar o exemplo do samaritano generoso em nossa própria família, que constitui o nosso próximo mais próximo. E é ainda o mesmo instrutor espiritual, no livro Pensamento e Vida, que nos adverte que a família constitui o centro de nossos reflexos, agradáveis ou desagradáveis. Cada criatura está ajustada ao raio de ação que é capaz de desenvolver. Cada um apenas pouco a pouco ultrapassará o horizonte a que estenda os seus reflexos.

O homem primitivo não se afasta da própria taba, aí reencarnando muitas vezes até ampliar o seu horizonte de entendimento; e o homem relativamente civilizado demora-se longo tempo no plano racial em que assimila as experiências de que carece. Na esfera do grupo consangüíneo o Espírito reencarnado segue ao encontro dos laços que entreteceu para si próprio. Não incluídos aí Espíritos pioneiros da evolução que criam clima mental que lhes é peculiar: um grande artista ou herói preeminente pode nascer em esfera estranha aos sentimentos nos quais se avultam.

O templo doméstico reúne aqueles que se retratam uns nos outros. Família de músicos terá mais facilidade para recolher companheiros da arte divina. Escultores e poetas, políticos e médicos, comerciantes e agricultores quase sempre se dão as mãos, preservando para si mesmos as conquistas realizadas, mediante o trabalho em comum e segundo a lei do renascimento. E conclui o citado autor: "Somos impelidos a padecer o retorno dos nossos reflexos tóxicos através de pessoas de nossa parentela. Temos as algemas de constrangimento e aversão, nas quais recolhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na memória do destino."

(1) - Inteligência Emocional - John Gottman
(2) - Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 4, item 18 - Allan Kardec


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