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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dividas de Vidas Passadas, Pagar a quem?


PAGAR O QUE? PARA QUEM?

Somente o desconhecimento dos princípios espíritas pode gerar a idéia de que temos que pagar com sofrimentos, e para alguém, dívidas de existências passadas. Eis o equívoco.

O que ocorre é que a existência do espírito é única; as existências corpóreas é que são múltiplas, mas o ser integral é sempre o mesmo. As múltiplas existências corpóreas cumprem a finalidade de estágios de aprendizado, na verdade degraus de aperfeiçoamento.

Como estamos todos em aprendizados, cometemos equívocos. Tais equívocos geram conseqüências. Tais conseqüências podem redundar em prejuízos para nós mesmos ou para terceiros. E tais prejuízos devem ser reparados. Isto é das Leis Divinas.

Tais reparações nós as devemos à nossa própria consciência, à vida. E, neste processo, podemos nos encontrar em situações aflitivas, decorrentes todas dos equívocos que nos envolvemos.

Porém, tudo isso, não se refere a outro ser que viveu noutro tempo e que, aparentemente nenhum vínculo com ele mantemos. Não! Somos nós mesmos que agíamos nesta caminhada de aprendizados e que trazemos nas lembranças e registros, ainda que inconscientes, a necessidade dessas reparações que ora se apresentam na atualidade consciente que estamos vivendo.

Assim funciona a Lei da Reencarnação. Os filhos de Deus estagiam em diversas existências corpóreas (visando o próprio progresso, repetimos), habitando países e corpos diferentes, mas a individualidade é a mesma, razão pela qual carrega consigo seu patrimônio moral e intelectual, bem como as reparações devidas aos equívocos praticados com prejuízos para si mesmo ou para terceiros.

Então, não se trata de uma questão de pagar, mas de conquistar a paz de consciência. Quando constatamos, antes da presente encarnação, que prejudicamos alguém ou a nós mesmos, solicitamos que a próxima encarnação propicie os mecanismos de reparação.

Esses mecanismos podem apresentar-se com a aparência de enfermidades, limitações físicas, dificuldades materiais, obsessões, entre outras.

E a visão distorcida sobre os princípios espíritas gera a errônea idéia de que estamos no mundo para pagar... Renascemos simplesmente para dar continuidade ao processo evolutivo. Mas, como ontem (aqui significado existências corpóreas) nos alimentamos em excesso, hoje (atualidade que estamos vivendo da presente encarnação) poderemos estar enfrentando uma forte dor de estômago ou até uma incômoda diarréia, simplesmente como conseqüência imediata da gula. Agora peço ao leitor substituir o exagero da alimentação pelas diversas situações que podem ser imaginadas, em outros exemplos. O exemplo da alimentação é apenas comparativo.

Assim também nos prejuízos, de qualquer ordem, causados a terceiros.

Criamos vínculos com eles e os trazemos em nós através de conseqüências que também podem ser apresentar com diversas aparências. Isto é apenas a reação de uma ação.

E o assunto ainda pode ser ampliado na visão dos aprendizes negligentes.

Negligência no passado ou mesmo no presente. Tarefas adiadas, desprezadas, abandonadas... Tudo traz reflexos. Afinal colhemos hoje as ações de ontem e estamos continuamente semeando para o amanhã.

Por outro lado, a título de ilustração do assunto, solicito ao leitor considerar também que nem todo equívoco passado pode apresentar-se atualmente através de dificuldades. Muitas vezes, equívocos podem ser reparados através de trabalho e dedicação a causas e pessoas. Isto tudo porque, conforme já sabemos, "o amor cobre a multidão de pecados".



Orson Peter Carrara

2 comentários:

Anna Karla disse...

(Sobre dividas passadas)Oi Orson!Há muito tempo venho procurando respostas pra algo que acontece comigo e acho que você é uma pessoa que poderia me ajudar.Então, meu namorado tem um amigo, que desde a primeira vez que vi ele não fui com a cara, sem motivo nenhum, sinto uma energia muito forte vindo dele, a ponto de eu passar mal, ficar sem ar quando ele fica perto da gente, e eu simplesmente tenho raiva, muita raiva dele, sem ele nunca ter feito nada comigo. E o pior de tudo é que sempre ele cruza o meu caminho, em viagens que eu faço, na rua mesmo, em festas, ele sempre está lá, e sempre que ele aparece surge um clima pesado, não gosto de ficar perto dele, me sinto muuuuuito incomodada. Será que é alguma pendencia de outras vidas? O que poderia ser? E o que mais sensato seria eu fazer nessa situação? Queria resolver logo essa situação. Ficarei muito feliz se você poder me responder!! Desde já muito Obrigada!

Mamuska Fomm disse...


Minha cara Anna Karla, sinto muito ter que lhe dizer que este artigo foi retirado do site de Orson, razão pela qual não poderá ele lhe responder por aqui. Porém não posso deixa voce sem nenhuma resposta; Então, me permita compartilhar com voce os meus singelos conhecimentos a respeito do que você expõe.:
Conforme Orson afirma no final do seu texto : "o amor cobre a multidão de pecados".

Inicio neste ponto, por o achar a chave para a solução dos nossos problemas aqui na
Terra, e a coisa não é nenhum bicho de sete cabeças. Não tem como saber os motivos desses sentimentos conflituosos em relação ao amigo do seu namorado, mas é bem simples se livrar deles. Dentro do seu entendimento religioso, seja ele qual for, tem como meta principal lhe aproximar de Deus, que definimos como a Maior Expressão do Amor. Um Amor tão Sublime que não temos condições de compreender em sua plenitude; Mas se recordarmos Jesus, e suas vivencia entre nós os homens, concluiremos que Ele pregou por exemplos indiscutível por onde passou, e disse que nós poderíamos fazer o que Ele fez; AMAR AO NOSSO SEMELHANTE COMO ELE JESUS AMOU!
Se o tal rapaz, nunca lhe fez nenhum mau (você não tem condições de saber, apesar de sentir desconforto junto a ele), então considere que você tem condições de perdoá-lo, por seja lá o que for que tenha provocado esse sentimento; sem pensar, que pode ter sido você a maltratá-lo num passado distante. Entende? O desconforto pode ter tido origem em uma ação tua e nesse caso ele seria a sua vítima, sendo introduzida novamente em seu grupo de convivência, para reaprender a confiar em ti e por fim amar você como a uma irmã!
Com tudo isso minha cara, (claro são suposições), a melhor forma de lidar com isso, é fazer orações por vocês, procurar acalmar seu coração.
Espero tem ajudado.
Abraço fraternal!
Eunice Fomm