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terça-feira, 15 de junho de 2010

Jovens em Transe: Paranormalidade em Itatira

Mistério: estudantes de uma localidade de Itatira entram em transe

Um fenômeno paranormal está afetando estudantes, a maioria meninas, da Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa no Distrito de Cachoeira BR, no Município de Itatira, cidade localizada no Sertão Central a 220 quilômetros de Fortaleza. O caso está deixando as autoridades do Município sem uma explicação.

De acordo com depoimentos das vítimas os sintomas são: dores musculares, de cabeça, sufoco no sistema respiratório, no peito, palidez, calafrio, dificuldades para caminhar, náusea, paralisia muscular, aumento nos batimentos do coração, pressão alta, desmaio, inquietação e medo de morrer.

O fato está deixando o secretário de Educação de Itatira, Antônio Inácio, preocupado, pois as vítimas, segundo ele, ficam em transe, agressivas e com perda de identidade. Os jovens, entre 11 e 16 anos, depois que voltam ao normal, não conseguem lembrar nada.

Os familiares, professores e amigos das estudantes, quando estão presentes no momento do fenômeno, ficam apavorados, correm de um lado para outro e precisam agir com rapidez para carregá-las nos braços e levá-las aos hospitais mais próximo em Canindé, Lagoa do Mato e Madalena. A ocorrência começou no último dia 2 e se estendeu por toda a semana. Já atingiu 32 alunas e um estudante.

Após o transe

Após o momento de transe, as meninas se recuperam e voltam a conversar normalmente, como se nada tivesse acontecido.

Para os pais, como não há um diagnóstico para o que está acontecendo, o jeito é acreditar em Deus. Para a auxiliar de serviço da instituição educacional onde se presencia o fato, Francisca Zeneide da Silva, todas as crianças que são dominadas pelo fenômeno agem da mesma forma e, ao retomarem os sentidos, não lembram nada. “Quando acontece com uma, todas ficam em pânico”, conta ela.

A diretora da Escola Nazaré Guerra, Eliane Dias, situada em Lagoa do Mato, que tem um anexo funcionando na Escola Eduardo Barbosa, local onde estão ocorrendo os fatos paranormais, não esconde o medo de tudo isso e já pensa em buscar solução junto ao Estado e até mesmo um parapsicólogo. “Vamos nos reunir com as autoridades do Município para buscarmos uma solução. Está todo mundo apavorado, nunca tinha presenciado nada igual ao que vi na última sexta-feira, dia 4″, disse. Ela autorizou a suspensão das aulas até que seja esclarecido o ocorrido.

Celebração

Para tentar conter o avanço do fenômeno, o padre Guilherme Afonso de Andrade Pessoa foi convidado a celebrar uma missa na própria escola. No momento de oração, o que se viu foi à repetição da cena por diversas vezes. Em uma determinada ocasião, uma aluna, Graziele da Silva, entrou em transe e mudou totalmente a voz. Houve uma grande correria. Essa é a reação que ocorre para quem presencia a cena. A adolescente dizia que estava com medo e pedia para não deixá-la morrer e chorava muito.

O padre disse que a Igreja é muito prudente em tudo. “É preciso aprofundar bem as coisas, para não dizer palavras sem anexo. A Igreja só emite opinião depois de um estudo aprofundado”, disse.

O pastor evangélico, José Carlos, de Lagoa do Mato, distrito mais próximo do local dos acontecimentos, acredita que pode ser uma força espiritual que está agindo dentro da escola, já que da unidade educacional, três jovens morreram em acidentes. “Talvez eles estejam vagando precisando de reza”.

Tensão

Estudantes relatam angústia e medo

Itatira. Para quem sofre na pele o fenômeno, conta que são momentos angustiantes. De acordo com a estudante Andréia Alves Marcolino, de 16 anos, a “perseguição deste fenômeno é de exato um mês. É tudo muito rápido, começa com um calafrio, depois as mãos ficam trêmulas, os batimentos do coração ficam acelerados, dá sede, um sufocamento toma conta do tórax, as pernas não seguram o corpo e aos poucos vem o desmaio. Quando volto ao normal, não dá para relembrar de nada”, relata.

Um dos garotos que vivenciou o problema, Marlei Alves Marcolino, de 14 anos, diz que os acontecimentos acontecem em série. “Quando tudo começa dá uma dor no peito, um arrepio, uma agitação que dá vontade de correr, gritar e pedir para não morrer. A gente desmaia, perde o sentido e o que é pior fica com a voz conturbada. No dia que aconteceu comigo, a professora disse que mais seis alunas sofreram o mesmo ataque”, conta.

Emoção

Outra estudante que se emociona e chega a chorar ao descrever a situação é Francisca Diana Lôbo Loiola, de 18 anos. “De imediato dá um nervosismo. Fiquei tonta, bateu um suor frio, a voz fica enrolada e grossa e a força que penetra na mente pede que reze missa e faça orações porque ele não vai ficar satisfeito enquanto não realizar a sua missão. É uma adrenalina muito forte. Estou com muito medo de voltar à sala de aula.


Fonte: Diário do Nordeste / Grupo Virtual Piauí Espírita
Postado por Lar da Caridade às 8:29 AM


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RECENTE CASO DE “HISTERIA COLETIVA” NO MÉXICO SURPREENDE A OPINIÃO MUNDIAL

A imprensa jornalística veiculou recentemente um estranho caso de “histeria coletiva”, acontecido em internato católico na cidade de Chalco, no México. A notícia nos chegou ao conhecimento via Correio WEB, edição de 7/4/2007.


O FATO:
Tudo começou em outubro de 2006, no Internato “Villa de las niñas”. Duas meninas foram acometidas, espontaneamente, de vertigens e de uma espécie de “atrofia muscular” nos membros inferiores, seguida da incapacidade de mobilizar as próprias pernas.
Todavia, em março de 2007 , a cifra alcançava o surpreendente número de seiscentas jovens vitimadas pelo estranho mal, para surpresa do corpo diretivo da instituição, integrado por religiosas de origem asiática e estarrecimento da classe médica local.
A nota jornalística deixa claro que o grupo não apresentava nenhum problema prévio de saúde, com o qual se pudesse estabelecer relação de causa e efeito com a posterior histeria. As autoridades sanitárias, os profissionais do Hospital Infantil e da Secretaria de Saúde do México não economizaram esforços na investigação, mas a hipótese mais provável é a de que tudo não passa de um notável fenômeno psicológico de “histeria coletiva”.
O internato é dirigido por uma congregação de religiosas sul-coreanas, conhecida pela disciplina rígida imposta às crianças. Detalhe significativo: os sintomas misteriosos desaparecem quando as meninas se ausentam do local.



ANÁLISE ESPÍRITA DO FENÔMENO:
Os transtornos dissociativos de caráter epidêmico (obsessões coletivas) são bastante familiares aos estudiosos do Espiritismo. Allan Kardec, em várias oportunidades, referiu-se às obsessões epidêmicas, disponibilizando-nos um farto material de estudo.
Entretanto, para melhor compreensão, relembremos o conceito de subjugação, ponto de partida para o entendimento do inusitado fenômeno. “A subjugação é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir malgrado seu. (...) A subjugação pode ser moral ou corpórea. No primeiro caso, o subjugado é levado a tomar decisões freqüentemente absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, considera sensatas: é uma espécie de fascinação. No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos materiais, provocando movimentos involuntários.”(1)
Os processos obsessivos, apesar de generalizados, fogem à alçada dos bancos acadêmicos, o que, infelizmente, justifica as apreciações incorretas sobre certos fenômenos insólitos.
A subjugação espiritual é o exemplo de constrangimento máximo a que o encarnado pode se submeter. Ela interfere tanto no componente moral quanto nos órgãos materiais do ser. Nesse último caso, o sujeito sente-se tomado por uma vontade maior que o compele a agir contra a sua própria vontade.
À medida que o envolvimento fluídico se intensifica, os espíritos podem forçar sua vítima a praticar movimentos involuntários, assim como induzir paralisias musculares, pois exercem uma influência capaz de excitar ou inibir os núcleos motores da organização física.
E não se pense que a subjugação só atinge um indivíduo por vez, porquanto são inúmeros os exemplos de manifestações coletivas orquestradas pelos maus espíritos. “Aquilo que um Espírito pode fazer a uma criatura, vários deles o podem sobre diversas, simultaneamente, e dar à obsessão um caráter epidêmico. Uma nuvem de maus Espíritos pode invadir uma localidade e aí se manifestarem de várias maneiras. Foi uma epidemia de tal gênero que se alastrou na Judéia, ao tempo de Cristo, e, em nossa opinião, é uma epidemia semelhante que ocorre em Morzine.”(2)
A Revista Espírita publicada por Allan Kardec descreve detalhadamente um famoso caso ocorrido na comuna de Morzine, departamento da Alta Sabóia, França e, contra o qual falharam todos os recursos médicos e da religião.
Os fatos observados na epidemia obsessiva de Morzine, no século XIX, e os acontecimentos recentes registrados na cidade de Chalco, México, nos permitem algumas deduções. Em ambos, a epidemia insólita incidiu em crianças e jovens. Assim sendo, a nossa percepção nos faz crer que o alvo preferido das nuvens de maus espíritos sejam as crianças, talvez pela incapacidade de melhor se defenderem.
Acrescente-se um outro detalhe: as epidemias obsessivas não costumam recair sobre as criaturas letradas e possuidoras de um melhor domínio sobre si mesmas. “Querendo exorcizar estes infelizes, na maioria crianças, o cura mandou trazê-las à igreja, conduzidas por homens vigorosos. Apenas pronunciou as primeiras palavras latinas, produziu-se uma cena terrificante: gritos, saltos furiosos, convulsões, etc.; a tal ponto que mandaram chamar os soldados de polícia e uma companhia de infantaria para restabelecer a ordem.” (3)
No nosso entender, a força descomunal demonstrada pelas crianças de Morzine ou a paralisia incapacitante a que elas foram submetidas em Chalco, servem para comprovar o poder da ação subjugadora fluídica, que se abate avassaladora sobre as vítimas.

Não afastamos, em hipótese alguma, a possibilidade de um fenômeno auto-sugestivo motivado pelo espírito de imitação. A mente excitada é capaz de produzir fenômenos extraordinários. Todavia, ao estudarmos as obsessões epidêmicas na obra kardeciana, ressaltam as informações provenientes de mentores categorizados, apontando como causa dos fenômenos incomuns, a influência tenaz de espíritos perturbadores.
Ainda sobre Morzine, conforme nos informa a Revista Espírita, pinçamos um relatório da sociedade médica local publicado pela “Gazette Médicale de Lyon”, onde destaca-se sugestiva apreciação: “O dr. Caille concluiu por uma afecção nervosa epidêmica, que escapa a toda espécie de tratamento e de exorcismo. (...) Todos os infelizes obsedados, em suas crises, pronunciam palavras sujas; dão saltos prodigiosos por cima das mesas, trepam em árvores, nos telhados e, às vezes, profetizam.”(4)
Ora, a expressão “profetizam” pode ter o significado de simples manifestação mediúnica, o que consagra a tese espírita que defende a interferência dos desencarnados sobre as crianças de Morzine.
Observações acuradas apontam outras possibilidades: os casos mais graves de obsessão coletiva costumam atingir a gente simples, ignorante e mais impressionável. “Ninguém ignora que quando o Cristo, nosso muito amado Mestre, encarnou-se na Judéia, sob os traços do carpinteiro Jesus, aquela região havia sido invadida por legiões de maus Espíritos que, pela possessão, como hoje,se apoderavam das classes sociais mais ignorantes, dos Espíritos encarnados mais fracos e menos adiantados..."(5)
CONCLUSÃO:
Na contemporaneidade, a mídia tem divulgado inúmeras circunstâncias, nas quais subentende-se o fenômeno de obsessão coletiva a manifestar-se sobre criaturas moralmente comprometidas, ignorantes e que dão azo às paixões inferiores descontroladas e primitivas na produção de escândalos sucessivos.
Sem maiores dificuldades, identificamos quadros de obsessões coletivas em múltiplas circunstâncias do cotidiano, por exemplo: em meio às convulsões sociais, políticas ou reivindicativas, que resvalam freqüentemente para a violência; em período carnavalesco, quando a TV enfoca desfiles de criaturas desnudas e debochadas, imersas na luxúria e na depravação dos costumes; em festas raves, onde a juventude, ao som da música perturbadora e sob o efeito de drogas tóxicas, cria ambiente propício à atuação dos espíritos maléficos, descambando para a violência explícita e descontrolada.
Recordemos, ainda, os tristes espetáculos retransmitidos pela mídia televisiva, envolvendo torcidas esportivas que se digladiam nos estádios e nas vias públicas, em nome da paixão por determinado time, e por aí vai.

Se pudéssemos devassar o campo astral desses grupos sociais, identificaríamos nuvens de espíritos maléficos que controlam com facilidade as mentes desequilibradas dessas criaturas infelizes.
Em se tratando da participação de seres invisíveis na gênese das epidemias obsessivas, reconhecemos a ineficácia dos meios médicos e dos exorcismos inúteis, na contenção do problema.

Só o caráter científico do Espiritismo permite uma posição mais analítica do assunto ao lado de medidas saneadoras úteis ao encaminhamento dos casos.
Não está longe o dia em que os profissionais de saúde adeptos do ideário espírita saberão diferençar uma afecção orgânica de uma enfermidade espiritual, seja obsessão individual ou coletiva, de modo a minimizar os equívocos diagnósticos, reduzir os sofrimentos e evitar os gastos inúteis.


Vitor Ronaldo Costa
Fonte: Grupo Virtual Piauí Espírita

- NOTA -

1-KARDEC, Allan . O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 240.

2-KARDEC, Allan . Revista Espírita, pág. 8, vol. 1, janeiro de 1863, EDICEL.

3-KARDEC, Allan. Revista Espírita, pág. 107, vol. 4, abril de 1862, EDICEL.

4-Idem, pág. 108.

5-Ibidem, pág. 109
Postado por Lar da Caridade

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