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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sincretismos e Religiões

Sincretismos e Religiões
“Nada há de novo abaixo do Sol.”
Material comentado e organizado por Alexandre Cumino
Para o livro Deus, Deuses, Divindades e Anjos publicado pela Editora Madras
E que serve de material de apoio ao Curso de Teologia de Umbanda Sagrada.

Sincretismo consiste em unir dois ou mais valores para alcançar um terceiro valor, o sincretismo religioso está muito ligado às culturas, pois valores de duas ou mais culturas se unem quando nasce uma nova religião.



Vejamos por exemplo na Umbanda, uma religião brasileira, que tem culto aos Orixás, divindades africanas da cultura Nagô, e aos Santos, da cultura católica. Jesus Cristo e Oxalá são cultuados em um sincretismo tão forte que Jesus passa a ser Oxalá e Oxalá passa a ser Jesus. Aqui também surgem polêmicas onde nem todos aceitam o sincretismo desta forma, para muitos Jesus apenas representa Oxalá, para outros vice e versa e para terceiros os dois, Oxalá e Jesus, caminham juntos sem perder sua individualidade. Assim é o sincretismo na Umbanda que aparece identificando:

Jesus Cristo com Oxalá
Nossa Senhora da Conceição com Oxum
São Sebastião com Oxossi
São Jerônimo com Xangô
São Jorge com Ogum
São Lázaro com Obaluayê
Santa Clara com Logunan
São Bartolomeu com Oxumarê
Joana D’Arc com Oba
Santa Bárbara com Iansã
Santa Sara kaly com Egunitá
Santa Ana com Nanã Buroquê
São Roque com Omulu
Cosme e Damião com Ibeji
Na cultura brasileira existe o sincretismo cultural, que aparece em “síntese”[1] na Umbanda, como um espelho que mostra as culturas do Negro (Cultura Africana), do Branco (Cultura Européia) e do Índio (Cultura Nativa); todas elas partes de um todo que é a Cultura Brasileira.

O que cria um ritual marcado por estas influencias, com muita musicalidade tocada por atabaques, rezas para Santos e Orixás, uso de terços e de colares de contas (guias), a valorização da natureza com a visão do índio que adora Tupã, o uso de ervas com banhos e defumação, uma forma simples de magia que mistura valores indígenas com o afro-brasileiro e muitos outros traços deste povo brasileiro.

Mas esta absorção cultural religiosa (sincretismo) não é uma exclusividade da Umbanda, o Judaísmo absorveu das culturas sumeriana, babilônica, acadiana e assíria em geral assim como a cultura cristã se alimentou da judaica e da grega, a cultura do islã pode absorver as culturas cristã e judaica, assim como todas elas tem uma influencia mais sutil também da quase extinta cultura persa, dos cultos zoroastristas. O Budismo nasce em solo hindu, através de um príncipe guerreiro, Sidarta Gautama, o budismo tibetano recebe influencia diferente do budismo chinês, pois os valores que antecedem permanecem subentendidos e se unem a outros para criar a argamassa com a qual a nova religião é construída.



Tudo se transforma e assim é com as religiões que para nascer se alimentam de outras religiões, até que ao atingirem certa “proporção”, que nem sempre corresponde á maturidade, passam aos conflitos de “adolescência” em relação à “Matriz” para então passarem a uma disputa aberta, na maioria dos casos, com objetivo de mostrar a supremacia de uma geração em relação a outra. A nova e vigorosa geração apresenta idéias inovadoras ou ainda, apenas, acredita, pensa, que suas idéias são novas e que está fazendo algo que ninguém teria feito antes.

Encontraremos muitos valores em comum nas religiões, muitas vezes chega a parecer que existe apenas uma única religião que se manifesta de formas diferentes, a Ordem Teosófica tem uma visão muito particular sobre esta questão onde a Teosofia é a “religião eterna” ou talvez “a religio-vera”, a “religião verdadeira” e mais adequadamente a “Religião da Sabedoria” que seria o ideal a que todas as religiões buscam. Para muitos este ideal religioso pode ter sido algo que perdemos em outras eras quando a humanidade possuía um nível superior de espiritualidade, como no mito de Atlântida ou da Lemuria. Na literatura de Rubens Saraceni encontramos esta cultura perdida no que é chamado de “Era Cristalina” (“Os Templos de Cristais”, “Hemissarê”, “O Guardião dos Caminhos” / Ed.Madras – Rubens Saraceni).


Helena P. Blavatsky, fundadora da Ordem Teosófica, uma das mais eruditas e influentes estudiosas e pesquisadoras de religião de todos os tempos, em seu Glossário Teosófico (Edotora Ground, quarta edição, 2000, com tradução de Silvia Sarzana) define Religião, Religião da Sabedoria e Teosofia de uma forma que apresenta muito bem esta idéia sobre um conhecimento eterno, que se manifesta nas diferentes religiões, mudando apenas a forma. Vejamos as definições de Blavatsky:

Religião – Apesar da imensa diversidade que oferecem do ponto de vista exterior, todas as religiões têm um fundo comum nas idéias dogmáticas, filosóficas e morais. De fato, o estudo comparado das religiões demonstra que os ensinamentos fundamentais sobre a Divindade, o homem, o universo, a vida futura, são substancialmente idênticos em todas elas, apesar de sua diversidade aparente. São as mesmas encobertas pelo véu próprio das religiões exotéricas que as desfiguram parcialmente. É como uma luz branca encerrada num farol, que tem, em cada um de seus lados, um vidro de cor diferente e, conforme o lado em que é olhada, parece vermelha, azul, verde ou amarela; retire os cristais e verá a mesma luz em sua pura cor natural. Esta base comum de todas as religiões dignas deste nome explica-se porque todas elas emanam da Grande Fraternidade de Instrutores Espirituais, que transmitiram aos povos e raças as verdades fundamentais da religião, sob a forma mais apropriada ás necessidades daqueles que deviam recebê-las, bem como ás circunstâncias de tempo e lugar. Por isso se disse, não sem fundamento, que a questão religiosa é principalmente uma questão geográfica; assim, uma pessoa é muçulmana simplesmente porque nasceu na Arábia; católica, porque nasceu na Europa etc. Em sua missão sublime, os excelsos fundadores de religiões foram auxiliados por certo número de indivíduos iniciados e discípulos de diversos graus, homens eminentes por seu saber e por seus relevantes dotes morais. Outra causa poderosa do antagonismo entre aqueles que professam credos religiosos diferentes são as corrupções introduzidas por seus representantes, que os modificam e transformam a seu bel-prazer, impulsionados geralmente por interesses e egoísmo.

Religião da Sabedoria – A única religião que serve de base a todos os credos existentes na atualidade. Aquela “fé” que, sendo primordial e revelada diretamente à espécie humana por seus Progenitores e pelos Egos que a instruem (por mais que a Igreja os considere como “anjos caídos”) não exige “graça” alguma ou fé cega para crer, porque era conhecimento. Nesta Religião da Sabedoria baseia-se a Teosofia.

Teosofia (do grego, theosophia) – Religião da Sabedoria ou “Sabedoria Divina”. O substrato e base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, a Teosofia é puramente ética divina. As definições da mesma encontradas nos dicionários são puros desatinos, baseados em preconceitos religiosos e na ignorância do verdadeiro espírito dos primitivos rosacruzes e filósofos medievais, que se intitulavam teósofos. [A palavra Teosofia não significa Sabedoria de Deus, mas Sabedoria dos Deuses ou Sabedoria Universal. Esta Sabedoria é a verdade interna, oculta e espiritual, que sustenta todas as formas externas da religião e seu pensamento fundamental é a crença de que o Universo é, em sua essência, espiritual; que o homem é um ser espiritual em estado de evolução e desenvolvimento e que a humanidade pode progredir na via da evolução através do exercício físico, mental, espiritual adequados, fazendo-a desenvolver as faculdades e os poderes que a tornarão capaz de ultrapassar o véu externo do que é chamado de matéria e passar a ter relações conscientes com a Realidade fundamental. A grande idéia, que serve de base para a Teosofia, é a Fraternidade universal e esta se encontra fundamentada na unidade espiritual do homem. A Teosofia é de uma só vez ciência, filosofia e religião e sua expressão externa é a Sociedade Teosófica. Opostamente ao que muitos acreditam, a Teosofia não é uma nova religião; é, por assim dizer, a síntese de todas as religiões, o corpo de verdades que constitui a base de todas elas.





A Teosofia, em sua modalidade atual, surgiu no mundo no ano de 1875, porém é em si mesma tão antiga quanto à humanidade civilizada e pensadora. Foi conhecida por diversos nomes, que têm o mesmo significado, tais como Brahma-vidyâ (Sabedoria Suprema), Para-vidyâ (Sabedoria Suprema) etc. O motivo especial de sua nova proclamação em nossos dias foram os rápidos e perniciosos progressos do materialismo nas nações propulsoras da civilização mundial. Por esta razão, os guardiões da Humanidade acharam oportuno proclamar as antigas verdades numa nova forma adaptada à atitude e ao desenvolvimento mental dos homens da época e, assim como antes foram reveladas uma após outra as religiões, segundo a passagem de um a outro desenvolvimento nacional, assim, em nossos dias, as bases fundamentais de todas as religiões tornaram a ser proclamadas, de modo que, sem privar nenhum país das vantagens especiais que sua fé lhe proporciona, se deixará de ver que todas as religiões têm o mesmo significado e que são ramos de uma mesma árvore. A Teosofia apresenta-se, além disso, como base de filosofia de vida, porque possui vastíssimos conhecimentos sobre as grandes Hierarquias que preenchem o espaço; dos agentes visíveis e invisíveis que nos rodeiam; da evolução ou reencarnação, através de cuja virtude o mundo progride; da lei da casualidade ou da ação e reação, chamada karma; dos diversos mundos em que o homem vive, semeie e colhe, etc., etc., conhecimentos que resolvem, do modo mais racional e satisfatório, os árduos enigmas da vida, que sempre conturbaram o cérebro dos pensadores como desalento de seu coração. No campo da ciência, abre novos caminhos ao conhecimento. A Teosofia explica a vida, justifica as diferenças sociais entre homens e indica o meio para se retirar novos fatos do inesgotável armazém da Natureza. A Teosofia fornece também normas fundamentais de conduta aplicáveis à vida humana e levanta grandes ideais, que comovem o pensamento e o sentimento, para pouco a pouco redimir a humanidade da miséria, da aflição e do pecado, que são frutos da ignorância, causa de todo o mal. A dor e a miséria desaparecerão completamente de nossa vida, quando soubermos trocar a ignorância pelo conhecimento. Ante a Sabedoria nossas tribulações se desvanecerão, porque o gozo é peculiar e inerente à natureza íntima de que todos dela procedemos e a ela temos de voltar. A Teosofia, finalmente, não impõe qualquer dogma, nem força ninguém a acreditar cegamente nas verdades que ensina, mas faz outra coisa imensamente melhor: coloca o homem disposto a isso em condições de perceber diretamente, por si mesmo, tais verdades através do desenvolvimento de sua natureza espiritual, e com ela, o desenvolvimento de certas faculdades internas latentes na generalidade da espécie humana, que lhe permitem conhecer o mundo espiritual e as relações do homem com a Divindade. Pelo conhecimento íntimo de si mesmo, o homem se torna capaz de conhecer a Vida universal e suprema, uma vez que o Espírito humano é uma parte do Espírito universal (DEUS)...”



No Livro “A Vida Oculta e Mística de Jesus” de A. Leterre (Ed. Madras – 2004), encontramos logo no inicio de tal obra, em sua “Introdução” e “Explanação” textos que demonstram estas “igualdades” e “coincidências” entre as religiões, mostrando alguns elementos que foram claramente apropriados. O que choca é que muito raramente uma dá o braço a torcer de que tal valor foi “importado” de outra cultura ou culto religioso, já que a prática comum entre religiões é diminuir a outra e quando não até chegam ao ponto de “demoniza-la” fazendo com que seus fiéis creiam que as divindades alheias são “demônios”.

Vejamos algumas passagens da “Introdução” e “Explanação” desta obra impar para o estudo das religiões:

Gênese das Religiões

Admitimos por um momento que o nosso benévolo leitor, seja ele de que culto ou crença for, tivesse de fazer, como missionário, uma grande excursão pelos sertões de Mato Grosso.
Chegado a um ponto das ínvias selvas, depara-se com uma tribo de selvagens ocupada em render preito e homenagem a uma entidade abstrata, que ela reconhece como Superior e como Criadora de tudo quanto a cerca.
Essa entidade, ou anteriormente esse Deus, é representada por um boneco de barro exoticamente fabricado ou por um tronco de árvore cercado por enormes fogueiras, como as piras dos antigos templos, em volta das quais os silvícolas executam uma frenética dança ao som de flautas de bambu, acompanhada de estridentes berros à guisa de hinos maviosos.
Que fará nosso missionário?
Certamente procurará, com tempo e jeito, convencê-los de que laboram em erro e de que o verdadeiro Deus é aquele que ele mesmo adora, seja Jeová, Alá, Buda ou o Cristo do Calvário.
É possível que, convencidos de que o estúpido boneco nada represente, eles passem a adotar o símbolo do nosso incansável missionário.
Admitamos, porém, que outros missionários, de credos diferentes, venham também a passar por ali, sucessivamente, com intervalos assaz suficientes para dar tempo a que a nova crença se enraíze em seus pobres cérebros.
Que sucederá?
Sucederá que, ao cabo de alguns anos, digamos mesmo, de alguns séculos, essa tribo terá mudado várias vezes o modo de compreender esse Deus.
Mas não se segue daí que toda a tribo, sem exceção de uma só alma, tenha permanecido fiel a cada crença que foi sucedida, e isso com unânime aprovação.
É indubitável, dada a diversidade de mentalidades, que tenham surgido certas divergências no modo de encarar esse Deus e seus atributos, ou mesmo na maneira de cultuá-lo nas sucessivas crenças, resultando dali, então, as exegeses e os cismas que acabaram por dividir esses cultos em outros tantos cultos ou seitas contrários e inimigos, a ponto de se odiarem de morte.
É exatamente o resultado verificado hoje na face desse pobre giroscópio.
Os primitivos povoadores da Terra sentiram que tudo quanto viam devia ser o produto de uma força superior e inteligente e começaram, então, na opinião de alguns historiadores, a simbolizar essa força, já com um disco representando o Sol, como fonte de vida material, já com um tronco de árvore, de onde foram surgindo os esteios da cabana que se transformaram em coluna do Templo, etc.
Pela observação e pelo estudo da natureza, movidos pelas necessidades vitais, as indústrias foram sendo criadas, as artes nasceram, a ciência se manifestou, até se condensar em Academia.

Revelação
Foi então que a Religião fora revelada aos mais puros, nascendo dali o Templo, pois a Religião é o suspiro do homem, cuja resposta vem do céu e não da Terra.

Que tivesse havido esta Revelação, está isso sobejamente confirmado por todas as religiões do mundo.

Dupuis não crê na revelação, pois, segundo ele, só a razão humana é que tudo definiu; mas ele não reflete que essa Razão, que não é criação do homem, mas sim da Razão Suprema, que lhe deu em igualdade de grau para raciocinar e tirar conclusões justas e força de comparações, estudos e experiências, é que constitui, de fato, a Revelação Divina, seja por inspiração ou suposto acaso.

No Manavadarma foi a Krishna; nos Vedas, a Buda; no Zenda-Avesta, a Zoroastro; nos livros Herméticos, a Hermes; nos Kings, da China, a Fo-Hi, a Lao-Tsé, a Confúcio; no Pentateuco, a Moisés; no Alcorão, a Maomé; no Livro de Jó , ao Pontífice Jó; nos Evangelhos, a Jesus.
Todos eles afirmam terem recebido a verdade, de Deus mesmo, como a expressão dos seus divinos decretos.

Confúcio, príncipe regente, repudiou tudo para dedicar-se ao sacerdócio, quando, aos 50 anos, recebia essa revelação.
Daí a razão de ser Religião a Síntese da Ciência e não o contrário, o que seria absurdo.
Charles Norman, sábio astrônomo do Observatório de Paris, sintetiza admiravelmente essa Revelação em poucas palavras:
“Na verdade, parece que nada manifesta a presença mística do divino, tanto quanto esta eterna e inflexível harmonia que liga aos fenômenos expressos por leis científicas.
A ciência que nos mostra o vasto Universo, concreto, coerente, harmônico, misteriosamente unido, organizado como uma vasta e muda sinfonia, dominada pela lei e não por vontades particulares, a ciência, em suma, não será uma revelação?”

É certo, e isso não pode sofrer a mais leve refutação, que a crença monoteísta, isto é, a de um só Deus Criador e Todo Poderoso, existiu desde uma antiguidade pré-histórica e descrita nos livros anteriormente citados, sendo de notar que os Sastras (Livros Sagrados da Índia) são anteriores de 1.500 anos aos Vedas que, por sua vez, têm mais de 6.000 anos .

Nos Vedas Lê-se o seguinte:
“Deus é aquele que sempre foi; Ele criou tudo quanto existe; uma esfera perfeita, sem começo nem fim é sua fraca imagem. Deus anima e governa toda a criação pela providência geral dos seus Princípios invariáveis e eternos. Não sonde a natureza da existência daquele que sempre foi; esta pesquisa é vã e criminosa. Basta que, dia a dia, noite a noite, suas obras manifestem sua sabedoria, seu poder e sua misericórdia. Trata de tirar proveito disso”.

O Rei da Babilônia, Nabucodonosor, orava do seguinte modo:

“Criador por ti, Senhor, eu te abençôo, tu me deste o poder de reinar sobre os povos segundo tua bondade. Constitui, pois, teu Reinado; impõe a todos os homens a adoração do teu nome. Senhor dos povos, ouve minhas preces. Que todas as raças terrestres venham às Portas de Deus” (Babilu =Babilônia).

Nos antigos livros da China (nos Kings) encontra-se o seguinte, transcrito pelo imperador Kang-ki e compilado por du Halde, p.41, da edição de Amsterdã:
“Ele não teve começo nem terá fim. Ele produziu todas as coisas desde o começo; Ele é quem governa como verdadeiro Senhor; Ele é infinitamente bom e infinitamente justo; Ele ilumina, sustenta e regula tudo com suprema autoridade e soberana justiça”.
“Se olharmos os olhos negros dos chineses, diz Max Muller, acharemos que ali também há uma alma que corresponde a de outras almas, e que o Deus que ele tem em mente é o mesmo que nos empolga o espírito, apesar do embaraço da sua linguagem religiosa”.

Os druidas (Sacerdotes Celtas) diziam que Deus é por demais incomensurável para ser representado por imagens fabricadas por mãos de homens, e que seu culto não pode ser prestado entre muralhas de um templo; mas, sim, no santuário da natureza sob a ramagem das árvores ou nas margens do vasto oceano.
Para os druidas, o símbolo da Vida e da Luz era representado pelo termo ESUS (Definição de Leon Denis – Le Génie Celtique et le Monde Invisible).
Há neste termo uma curiosa aparência de analogia com o nome que pretendemos estudar neste ensaio.

O Deus dos druidas era Be-il, de onde o Ba- al da Caldéia, ao qual juntaram Teutalés, similar de Thot-Hermes do Egito.

Foi São Judicael quem no século VII aboliu o Druidismo que ainda existia confinado nas florestas da Brocelianda.

No Tibet, segundo o padre Huc, os Lamas dizem que:
“Buda é o ser necessário, independente, princípio e fim de tudo. É o Verbo, a Palavra. A Terra, os astros, os homens e tudo quanto existe são uma manifestação parcial e temporária de Buda. Tudo foi criado por Buda, no sentido de tudo dele como a luz vem do Sol. Todos os seres emanados de Buda tiveram um começo e terão um fim; mas, assim como eles saíram necessariamente da Essência Universal, eles terão de ser reintegrados. É como os rios e as cachoeiras produzidos pelas águas do mar que, após um percurso mais ou menos longo, vão novamente perder-se na sua imensidade. Assim, Buda é eterno; suas manifestações também são eternas”.

Lê-se no Livro dos Mortos do Antigo Egito:
“Eu sou aquele que existia no Nada; eu sou o que cria; eu sou aquele que se criara por si próprio. Eu sou ontem e conheço amanhã, sempre e nunca”.

O Templo de Sais, antiga cidade do baixo Egito, trazia gravado em seu frontispício:
“Eu sou tudo que foi, que é e que será, e nenhum mortal jamais levantou o véu que me encobre”. Era o “Deus Desconhecido”.
No México, em 1431, o rei Netzahualcóyotl que, quando criança, havia escapado milagrosamente da degolação dos filhos machos, como sucedeu a Moisés, a Jesus e a outros reformadores, conforme veremos mais adiante, mandou construir templos, sendo o mais belo dedicado ao “Deus Desconhecido”. Dizia ele que os ídolos de pedra e de madeira, se não podem ouvir nem sentir, ainda menos poderiam criar o céu, a Terra e os homens, os quais devem ser obra de um Deus Desconhecido, todo-poderoso, em quem confiava para sua salvação e seu auxílio.
Esse Deus Desconhecido do México deve ser o mesmo Deus Desconhecido que Paulo encontrou em Atenas, conforme se vê em Atos XVI, 23.
O Ser Supremo dos Astecas era denominado Teotl; era impessoal e impersonificável; dele dependia a existência humana. Era a divindade de absoluta perfeição e pureza em quem se encontra defesa segura.

Nos Livros de Hermes, escritos há mais de 6 mil anos, encontra-se o seguinte diálogo tido com Thoth, que bem define o espírito moral e intelectual daquelas eras:
“É difícil ao pensamento conceber Deus e à língua de exprimi-lo. Não se pode descrever uma coisa imaterial por meios materiais; o que é eterno não se alia, senão dificilmente, ao que está sujeito ao tempo. Um passa, outro existe sempre. Um é uma percepção do espírito, e outro uma realidade. O que pode ser concebido pelos olhos e pelos sentidos como os corpos visíveis pode ser traduzido pela linguagem; o que é incorpóreo, invisível, imaterial, sem forma, não pode ser conhecido pelos nossos sentidos. Compreendo, pois, Thoth, que Deus é inefável”.

Nos mesmos Livros lê-se também o seguinte:
“Desconhecendo nossas ciências e nossa civilização, as gerações futuras dirão que adoramos astros, planetas e animais, quando, de fato, adoramos um só Deus Criador e Onipotente”.

Na antiga Pérsia, Zoroastro chamava-o de Mitra, o Deus Criador, sendo Orzmud, o Pai.
No Egito era Osíris.
Na Fenícia era Adonis.
Na Arábia era Baco.
Na Frigia era Athis.
Moisés denominou-o de Jeová, por assim lhe ter declarado o próprio Deus.
Maomé adora-o sob o nome de Alá.

Orfeu, o criador da Mitologia grega, considerado por isso, pelos católicos, como o chefe do paganismo, assim se exprime, segundo Justino, o Mártir em sua obra órfica:
“Tendo olhado o logos divino, assenta-te perto dele, dirigindo o esquife inteligente do teu coração e galga bem o caminho e considera somente o Rei do Mundo. Ele é único, nascido de si mesmo, e tudo vem de um só Ser”. E, como veremos mais adiante, Orfeu conhecia a trindade divina.

Na obra de Apuleio, Metamorfoses, XI, 4, escrita no século II da nossa era, Ísis, a deusa egípcia, declara que ela é a própria divinizada.
Diz ela:
“Eu sou a Natureza, mãe das coisas, senhora de todos os elementos, origem e princípio dos séculos, suprema divindade, rainha das Manes, primeira entre os habitantes do céu, tipo uniforme dos deuses e das deusas. Sou eu cuja vontade governa os cimos luminosos do céu, as brisas salubres do oceano, o silêncio lúgubre dos infernos, potência única, sou pelo Universo inteiro adorada sob várias formas, em diversas cerimônias, com 1.000 nomes diferentes.
Os Frígios, primeiros habitantes da Terra, me chamam de Deusa - mãe de Pessinonte; os Atenienses autóctones me nomeiam Minerva, a Cecropana; entre os habitantes da ilha de Chipre, sou Vênus de Pafos; entre os Cretenses, armador de arco, sou Diana Dichina; entre os Sicilianos que falam três línguas, sou Prosérpina, a utigiana; entro os habitantes de Elêusis, a antiga Ceres, uns me chamam Juno, outros Belone, aqui Hécate, acolá a deusa de Ramonte. Mas, aqueles, que foram os primeiros iluminados pelos raios do Sol nascente, os povos Etiópicos, Arianos, e Egípcios, poderosos pelo antigo saber, estes, sós, me rendem um verdadeiro culto e me chamam, pelo meu verdadeiro nome: a rainha Ísis”.

Todos os milhares de tribos da África, tanto as do litoral como as das regiões centrais, algumas de difícil contato entre si e ainda menos com o europeu, adoram um Deus Supremo Criador, Onisciente, Misericordioso e sumamente bom, por isso nunca faz mal à sua criatura, razão pela qual não lhe prestam nenhum culto, nem lhe dirigem preces, nem procedem a sacrifícios de animais em holocausto.

“Para definir Deus seria preciso empregar uma língua cujas palavras não pudessem ser aplicáveis às criaturas terrenas”.

Os povos da Antiguidade, como ainda hoje os da Índia, do Egito, da China, eram e são profundamente religiosos, e seus atos foram e são pautados por uma incomparável moral.

Não é, pois, possível, tachar-se esses homens ou esses povos de bárbaros, pagãos, ateus ou idólatras sem confessar má –fé ou falta de erudição e, portanto, incompetência para a crítica científica e histórica; e, se fanático possa haver, é decerto aquele que o fizer.

Diz Max Muller:
“Há pessoas que, por pura ignorância das antigas religiões da humanidade, adotaram uma doutrina, menos Cristã, certamente, que todas as que se encontram nas religiões antigas. Essa doutrina consiste em considerar todos os povos da Terra, antes do advento do Cristianismo, como ateus e condenados pelo Pai Celeste, que eles não conheceram, e, portanto, sem esperança de Salvação!”

A única base teológica propriamente dita da Teologia Cristã reside nos primeiros versículos de João que são copiados da Teologia pagã.
As idéias dos cristãos são as de Platão, o qual, por seu turno, as bebeu nas filosofias antigas do Egito, de Orfeu, Pitágoras, etc.
Santo Agostinho, doutor da Igreja Católica, reconhece que se encontram em todos os povos do mundo as mesmas idéias que tinham os cristãos sobre Deus, sejam eles platônicos, pitagóricos, atlantas, líbios, egípcios, indianos, persas, caldaicos, scytas, gauleses, espanhóis, etc.; todos possuíam os mesmos princípios teológicos e dividiam igualmente a divindade em três partes. Ele reconhecia que os princípios de Platão e Moisés são idênticos, por terem ambos estudado no Egito, nas obras de Hermes Trismegisto.


Alexandre Cumino
alexandrecumino@uol.com.br

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

AS MULHERES SEMPRE FORAM OS PILARES DO EDIFÍCIO CRISTÃO

A revista IstoÉ(1) divulgou interessante matéria sobre “As mulheres da vida de Jesus”, demonstrando que elas não foram simples coadjuvantes das passagens que marcaram o cristianismo.



Os evangelistas são explícitos quanto à numerosa presença feminina na paixão e ao pé da cruz. Foram elas as testemunhas de momentos-chave dos tempos apostólicos.

Historicamente, o patriarcado ancestral tem dominado a trajetória do cristianismo. A exemplo de Deus, o “Pai” e não Mãe, Criador e não Criadora, passando pelos 12 apóstolos e não apóstolas, e culminando com Jesus, Filho e não filha. Curiosamente, contudo, são as mulheres que não só participaram, como protagonizaram boa parte dos momentos cruciais da vida de Cristo.



Foi no encontro com Maria que Isabel confirmou o projeto divino à prima, ao anunciá-la como bendita entre as mulheres, além de bendizer o fruto de seu ventre. “Isabel, idosa e estéril, mas grávida de João Batista, representaria o passado que abre caminho e dá as boas vindas ao novo, que é Maria, jovem e grávida de Jesus.” (2)
Maria de Magdala (Madalena), que foi libertada de sete algozes espirituais (desobsidiada) por Jesus passou a segui-Lo e se tornou importante no ministério cristão. A mais poderosa das demonstrações de confiança do Mestre Jesus em Madalena, e, por extensão, nas mulheres, foi o fato de tê-la escolhido para ser a primeira testemunha de seu ressurgimento após a crucificação. A história de outras duas mulheres próximas de Jesus no Evangelho é exemplo disso. Marta e Maria, irmãs de Lázaro, têm dois episódios marcantes junto ao Messias.

Advento da Anunciação




A importância das mulheres, aliada ao fato de que muitas não foram identificadas, alimentou um verdadeiro aluvião de lendas sobre o papel que elas tiveram nos momentos apoteóticos do Evangelho. O certo é que o legado feminino deixado pelas mulheres contemporâneas de Jesus tem valor inestimável. Os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João, compilados entre os anos 30 d.C. e 80 d.C., dão enorme importância à presença feminina na Boa Nova.





Jesus e as irmãs Maria e Marta
É fato! O Cristianismo primitivo foi o primeiro movimento histórico que tentou dar à mulher uma condição de "status" social igual à do homem. Mas com o passar dos anos, o movimento cristão fragmentou-se, e a única vertente que sobreviveu e cresceu sobre a função social da mulher foi a interpretação de Paulo de Tarso, o “Convertido de Damasco”.
A mulher no posto de Jericó
O “Apóstolo dos Gentios” era formado no rígido patriarcalismo da lei judaica, mesmo tendo realizado profundas transformações morais com relação aos costumes e tradições legados de sua estirpe racial. Ainda assim, após sua conversão, não superou alguns de seus costumes cristalizados, sobretudo em referência às mulheres.
Comprovam sua rigidez em relação a elas as suas missivas a Timóteo: "Não permito à mulher que ensine, nem se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio, com espírito de submissão."(3) Ou ainda aos cristãos de Corinto, quando prescreve "Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembléias."(4) E aos Colossenses, admoesta: "mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs."(5)
Percebe-se, sem muito esforço de interpretação, que o apóstolo de Tarso não assimilou, na prática, que a liberdade de consciência que ele apregoava envolvia também os anseios femininos – distorção que o Espiritismo corrigiu , desautorizando qualquer ideia de rebaixamento da mulher em relação ao homem e vice-versa.


Em verdade, a mulher é exponencial referência do equilíbrio definitivo do Planeta. Cabe a ela influir decisivamente sobre os seres que reencarnam, transmitindo-lhes a primeira noção da vida. Sabemos que "homem e mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos porque a ambos foi outorgada a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir."(6) Não existem sexos opostos, mas complementares.


Zilda Arns




“Em pleno século XXI, temos um cristianismo que, no que diz respeito às mulheres, ainda está na Idade Média.” (7) Portanto, nada mais justo que a luta pela causa de maior liberdade e direito para a mulher. Afinal, na Ordem Divina não há distinção entre os dois seres. Mas, obviamente, urge muita cautela. Os movimentos feministas, não obstante tenham seu valor, costumam cair no radicalismo, querendo fazer da participação natural uma imposição. Muitas vezes, em seus intuitos, ao lado de compreensíveis pleitos, enunciam propósitos que fariam da mulher não mais mulher, mas imitação ridícula e imperfeita do homem.


Jamais podemos deixar de lembrar das irmãs Fox, Florence Cook, e das jovens senhoritas que colaboraram intensamente com Kardec na qualidade de médiuns. Segundo informações históricas, as corajosas vanguardeiras da mediunidade chamavam-se Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth Japhet e Aline Carlotti. As duas primeiras psicografaram a quase totalidade das questões de O Livro dos Espíritos nas reuniões familiares dirigidas por seus pais e assistidas pelo Codificador.(8) Ruth foi a medianeira responsável pela revisão completa do texto, incluindo adições.(9) Aline fez parte do grupo de médiuns através do qual Kardec referendou as questões mais espinhosas do livro, fazendo uso da concordância dos ensinos (CUUE – Controle Universal dos Ensinamentos dos Espíritos).(10)





Irmã Dulce
Atualmente, embora as mulheres ainda não usufruam do prestígio e reconhecimento que tinham nos tempos de Cristo, a força das histórias daquelas que viveram a fé de forma plena, por meio de atos e palavras, deixou sua marca e continua estimulando mudanças estruturais. No século XIX, se o Consolador Prometido não contasse com a mão-de-obra, com a grandeza, com a persistência e com a moralidade feminina, certamente a Doutrina Espírita inexistiria.


Referências bibliográficas:

(1) Revista IstoÉ, edição nº 2146 de 22.dez.2010
(2) idem
(3) I Tim. 2, 9-13.
(4) Coríntios 14, 34-35
(5) Colossenses 3: 18
(6) Kardec, Allan. Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2001 pergs. 817 a 822
(7) Revista IstoÉ, edição nº 2146 de 22.dez.2010
(8) Revista Espírita, 1858, jan. p.35, Edicel
(9) idem
(10) Kardec cita essa última checagem em Obras Póstumas, p.270 (26ªedição da feb).Aline era filha de sr. Carlotti, um dos iniciadores de Rivail nas coisas do invisível.em Obras Póstumas há uma mensagem do Espírito de Verdade, recebida pela srta.Carlotti( pag.281, da edição citada).mais detalhes sobre o principio da verificação universal podem ser encontrados na introdução(II) do Evagelho.Segundo o Espiritismo.

Enviado por Jorge Hessen

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Crianças com memória de vidas anteriores - Entrevista‏

 Carol Bowman, pesquisadora americana sobre reencarnação, relata como surgiu seu interesse pelo assunto e evoluiu para as pesquisas sobre recordações de vidas passadas em crianças. A entrevistada proferiu palestra sobre o tema e lançou o livro Las Vidas Pasadas de los Niños, editado em espanhol pelo CEI, no 6o Congresso Espírita Mundial, em Valencia. Há livros da autora, em português, publicados por editoras leigas










Reformador: Qual foi sua motivação para começar a pesquisar a reencarnação?

Carol Bowman: Fiquei interessada em reencarnação, como estudante universitária, no final dos anos 1960, quando tive uma epifania e percebi que uma parte da minha consciência não morreria com o corpo físico. Foi um momento de mudança de vida. Ao mesmo tempo, encontrei validação para a minha experiência em O Livro Tibetano dos Mortos, e vi que a crença na continuidade da consciência após a morte era um dogma do budismo tibetano e também da filosofia védica da Índia.
Percebi um paralelo entre as antigas tradições orientais e as tradições ocidentais místicas do Cristianismo e do Judaísmo. Eu me perguntava por que a reencarnação havia se tornado uma fonte de escárnio na tendência principal da cultura americana, enquanto, ao mesmo tempo, tornava-se tema de conversa na contracultura americana dos anos 1960 e 1970. Descobri que séculos de repressão e perseguição por parte da Igreja Cristã e a esmagadora aceitação do materialismo científico tinham acabado com a crença na reencarnação na cultura ocidental. Mantive a crença na reencarnação ao longo dos anos e tive alguns vislumbres vagos do que eu achava que eram algumas das minhas vidas anteriores, mas não entendia como essas memórias estavam relacionadas com a minha vida atual.

Quando experimentei uma regressão a vidas passadas, aos trinta e poucos anos, tentando encontrar a cura para uma doença crônica física, finalmente comecei a entender como as vidas passadas afetam todos os aspectos de nossa personalidade, nossa saúde, nossos comportamentos e nossas atitudes. Essa regressão inverteu o padrão da minha doença e explicou-me muito sobre os meus medos presentes, doenças e outras características da personalidade. Ela foi, provavelmente, a experiência mais reveladora e curativa da minha vida.

Eu queria aprender a ajudar os outros da maneira como tinha sido ajudada.







Reformador: Por que o foco em pesquisas com crianças?

Carol Bowman: Ao mesmo tempo, e acho que não foi uma coincidência, os meus filhos desenvolveram fobias: meu filho tinha pavor do som de trovões e minha filha tinha medo de nossa casa queimar. Quando meus filhos eram incentivados a falar sobre seus medos, descobrimos que as mortes traumáticas de vidas passadas eram a fonte de suas fobias. Depois de falar sobre suas vidas anteriores e as mortes, as fobias foram imediatamente afastadas. Suas curas induziram-me a investigar as memórias de vidas passadas das crianças, bem como a terapia de regressão com os adultos. Gostaria de saber se as outras crianças tinham essas lembranças também.

Encontrei o grande trabalho do Dr. Ian Stevenson, que documentou quase três mil casos de recordação espontânea de vidas passadas em crianças. Sua pesquisa confirmou que as crianças de todo o mundo poderiam se lembrar de suas vidas anteriores e me ajudou a entender que as memórias dos meus filhos não eram tão incomuns. Depois de verificar que a criança estava em uma vida anterior, ele foi capaz de comparar a personalidade atual da criança com a de vidas passadas. Ele descobriu que havia casos em que os traços de personalidade transitaram de uma vida para outra.

Ele também descobriu que muitas crianças tinham vívida recordação de suas vidas anteriores, especialmente se morreram de forma traumática, e muitas vezes essas crianças teriam fobias relacionadas à morte traumática. Isso também se foi confirmando e me fascinando demais, uma vez que o observei em meus próprios filhos. Mas fiquei surpresa ao ver que, em todos os seus estudos de casos e análises, o Dr. Stevenson nunca mencionou que essas memórias poderiam curar crianças. Para mim, isso foi o mais impressionante nas experiências dos meus filhos: que eles poderiam curar o trauma que tinham trazido para esta vida. Foi quando percebi que tinha encontrado algo importante que precisava ser compartilhado com os outros.








Reformador: Qual foi a experiência profissional que serviu de base para executar tal pesquisa?

Carol Bowman:Após minha própria experiência com terapia de vidas passadas, e depois de meus filhos terem partilhado as suas memórias, fiquei obcecada por compreender como as memórias de vidas passadas nos afetam.Eu não tinha formação em pesquisa, e minha graduação foi em inglês. Mas fui levada por uma forte curiosidade para aprender sobre esse fenômeno e suas aplicações práticas, não apenas como filosofia, mas como ferramenta de cura e autoconhecimento. Antes disso, rezava para encontrar o trabalho da minha vida. Uma vez que isso aconteceu, eu sabia o que era.



Li tudo o que pude encontrar nas livrarias e nas bibliotecas sobre reencarnação e casos de vidas passadas. Isso aconteceu antes da época da internet, assim os meus recursos eram limitados. Procurei alguns dos pioneiros no campo da terapia de vidas passadas: Dr. Roger Woolger,Henry Bolduc, Winafred Lucas, Norman Inge e outros, e treinei com eles. Decidi ir para a faculdade e fiz mestrado em terapia na Universidade de Villanova. Acredito que meu caminho foi orquestrado por mim. Eu tinha uma crença na reencarnação, então, experimentei minha própria cura como resultado de uma regressão a vidas passadas. E quando os meus filhos me contaram sobre suas experiências de vidas passadas, gostei do que estava testemunhando. Entendi as implicações de suas experiências para outras crianças também.

Reformador: Você tem muitos registros de casos de reencarnação?

Carol Bowman: Desde que comecei a coletar casos de crianças, no início dos anos 1990, recebi centenas de e-mails e cartas de pais de todo o mundo. Alguns casos não são mais do que uma única observação feita por uma criança. Outros casos são mais detalhados e se desenvolveram ao longo de alguns anos. Tenho sido patrocinada pelo site , desde a publicação do meu primeiro livro em 1997. As pessoas postaram centenas de casos no Fórum para exibição pública.

Reformador: O tema da reencarnação gera muito interesse nos Estados Unidos?

Carol Bowman: Observo que muitos acreditam em reencarnação nos EUA, mas são crenças pessoais, e que ficam abafadas devido à sua formação religiosa, ou por medo da exposição ao ridículo, proveniente da família ou dos amigos. Ocorreu um aumento significativo de interesse pelo assunto nos últimos 20 anos. Os livros do Dr. Brian Weiss, em especial, têm gerado muito interesse, já que ele é um médico com credenciais impecáveis que veio a público com seus próprios casos de cura através da terapia de vidas passadas com seus pacientes. Tem havido também muita cobertura de televisão e rádio sobre o tema nos últimos 15 anos.
Quando o material é apresentado de forma justa e não sensacionalista, acredito que abre caminho para mais pessoas expressarem suas convicções. Felizmente, essa tendência continuará.






Reformador: Como você se sente ao apresentar suas pesquisas em eventos espíritas?

Carol Bowman: Tem sido uma honra e uma alegria apresentar as minhas descobertas em dois eventos espíritas, em Boston e Valencia. É uma alegria, pois, para muitos espectadores, aos quais falo, o que apresento é um novo material, por vezes ideias completamente novas. Esse não é o caso da comunidade espírita. Sei que a comunidade espírita é bem informada sobre os princípios que abordo, e também acrescenta uma percepção valiosa para a discussão. A partir do retorno que tenho recebido, os espíritas apreciam as aplicações práticas dos princípios de reencarnação, crescimento espiritual, e de cura. Esse é o meu intuito. É por isso que é tão gratificante falar com as pessoas que entendem o que estou tentando transmitir por meio da fala e da escrita.








Fonte: Reformador, Fevereiro de 2011



Grupo de Divulgação da Doutrina Espírita
GDDE - Ano XI

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Espiritismo e Umbanda

Conhecer Compreender para Respeitar todas as formas de pensar do Se Humano, é minha bandeira para a construção da Paz. Esta deve ser o resultado de um esforço diario, uma semeadura initerrupta pessoal e intransferida, que todos os homens deva aderir.


De um forum de debates em comunidade do orlut, tive o prazer de conhecer um importante personagem da Umbanda, o qual me autorizou transferir para este espaço uma conversa que tivemos.
Acho importante seus comentários que podem elucidar duvidas e conceitos equivocados de muitos.
Sempre grata pela contribuição e a disposição do amigo em nos trazer seus conhecimentos.

O tema em debate é sobre Umbanda e Espiritismo, na visão do então sacerdote da Umbanda e meus proprios pensamentos.

*Disse Bàbá Ifáomi
O espiritismo surgiu no século XIX, quando as teorias evolucionistas estão em voga e a ciência está lutando para se tornar a autoridade sobre a verdade.

De fato a ciência roubou a autoridade da religião na apologia da verdade, por isso os espíritas insistem que o espiritismo não é religião, mas sim ciência. Buscam legitimação para suas práticas.

Eles negam a umbanda por ela ter se mantido como religião, por ter ritos e hierarquia sacerdotal.

Quando aceitam a umbanda a classificam de "baixo espiritismo", creio por causa da incorporação de pretos velhos e caboclos. Na doutrina espírita negros e indígenas são raças inferiores, por isso estão em graus inferiores de evolução, como diz Kardec em "A Gênese", publicado em 1868.


Bàbá Ifáomi
O amigo Babá I. Generalizou a coisa toda. Porém respeitando-lhe os enunciados, tenho a obrigação de esclarecer alguns pontos. Deixo claro porém que não sou nenhuma sacerdotiza , mas somente uma estudiosa e militante Espirita.Por militante entenda-se uma expositora e facilitadora de cursos doutrinários, além de atuante em assistencia espiritual nas popularmente conhecidas como sessões de desobssesões, atendimento fraterno ao publico.

Evidentemente que influenciada por este historico, minha visão diferencia da do senhor.
Isto posto vejamos alguns pontos:
1-)

Disse Bàbá Ifáomi:_Os espíritas desconsideram a umbanda como espiritismo porque veem nas suas práticas resquícios do "primitivismo" africano.Apesar de ter sido convencionado aceitar como Espiritismo (isso dentro dos meios espiritas) aquele que rege sua militancia dentro dos postulados Kardequiano; Porém isto equivale a um engano, visto termos na propria codificação um enunciado do codificador o qual deixa claro ser Espiritismo todo aquele que crê na existencia e na sobrevivencia do espirito após o fenomeno da morte física; recoonhece a reencarnação como ferramenta de evolução do espirito, reconhece a intercomunicação entre os dois mundos vibracionais o nosso (de relação), e o invisível. E suma.
Quanto aos resquicios africanês, devem ser respeitados por todos, e conforme o estudioso adquire consciência espiritualizada, acaba por entender com tranquilidade não conflitantes. Claro que dentro do Espiritismo, vamos encontrar gente tão retrógrada e fundamentalista com em 1qualquer outra linha do pensamento humano. Agravado pelo fato de na D.E. não haver lideres, sacerdocios , partores, etc, cada grupo acaba desenvolvendo aquilo que melhor lhe fale a alma neste momento. Mas isto é absolutamente natural, em todos os campos humanos.

Portanto, quando deparares com “espiritas” desconsiderando a Umbanda, saberás que não se trata de uma unanimidade. Muitos dão o tapa e escondem a mãos nos dois sentidos (nos prós e contrários), infelizmente, o melindre, e o receio de cair em “desgraça” perante os irmãos de comunhão é muito mais presente do que se possa imaginar. Eu por exeplo, para ter a liberdade de dizer isto, foi-me preciso quase meio século de estudo, vivencia e quebra de barreiras. Traduzindo: Sou diante de muitos companheiros apontada como uma espirita rebelde. Pra não dizer outros adjetivos que certamente me são dedicados.
Mas a doutrina me foi extremamente libertadora.


* Disse Bàbá Ifáomi-
O espiritismo surgiu no século XIX, quando as teorias evolucionistas estão em voga e a ciência está lutando para se tornar a autoridade sobre a verdade.

De fato a ciência roubou a autoridade da religião na apologia da verdade, por isso os espíritas insistem que o espiritismo não é religião, mas sim ciência. Buscam legitimação para suas práticas.

Eunice_Esta luta ainda existe. Por algum tempo os cientistas enunciaram que Já haviam descoberto TUDO dentro dos campos da ciencia. Nada mais havia para ser apresentado. Mas hoje sabemos o quanto ainda resta a caminhar, talvez não o quanto, já que o conhecimento é infinito, mas pelo menos que muito ainda há para ser atingido.

Entendemos hoje que a ciencia é evolutiva. Outra coisa: A Ciencia é infalivel, mas os Cientistas, não passam de seres humanos e portanto tão falhos quanto um analfabeto funcional. Mas estes também tem muito o que corrigir, são detentores de toda a enorme gama de vicios morais que toda a humanindade sofre por corrigir. Assim encontramos cientistas fanáticos e fundamentalistas, agarrados às suas idéias, feito um outro qualquer.

E quem afirme que Espiritismo não seja religião, já errou.
Porque o que não constitue Religião é a Doutrina,que possui um trio de pilar sobre o qual está fundamentado(Filosofia, Ciencia da observação e Religião) mas seu produto ou consequencia, não há mais como ser negada.E que por sinal foi a que mais proliferou entre o povo. Como negar a um espirita que ele não tenha uma religião¿

Somente aquele que não queira aceitar o óbvio.

Quanto a questão da ciencia, não temos que nos preocupar com isso. O que foi enunciado pela codificação, vem sendo corroborado paulatinamente pela ciencia, e o tempo dará o último veredicto.
A quantica aí está para amparar o que digo.
As pesquisas espaciais;
E muito ainda está por vir.
A Natureza não dá salto.
Ah! O tempo!!!


* Disse Bàbá Ifáomi
Eles negam a umbanda por ela ter se mantido como religião, por ter ritos e hierarquia sacerdotal.


Eunice_Não vejo bem assim, pelo fato de serem bem poucos os espiritas que conheçam a hierarquia umbandista; aliás muitos confundem umbanda com candomble e quimbanda, achando que uma está diretamente ligada a outra separadas apenas pelos horários que seus ritos são realizados. Por exemplo: até meia-noite = umbanda, após isso = quimbanda. Então falar sem conhecer não pode ser levado em consideração. Daí o monte de baboseiras que vemos, lemos e ouvimos sobre o assunto. Resultado da ignorancia sobre a realidade do tema. Estou errada¿

Ademais sabemos e muito bem que a Umbanda é a ùnica Religião Eminentemente Brasileira, e devemos nos orgulhar disto. Ou não¿


* Disse Bàbá Ifáomi

Quando aceitam a umbanda a classificam de "baixo espiritismo", creio por causa da incorporação de pretos velhos e caboclos. Na doutrina espírita negros e indígenas são raças inferiores, por isso estão em graus inferiores de evolução, como diz Kardec em "A Gênese", publicado em 1868[gray]
Esta é outra questão de extremo mau gosto, a meu ver. E falo com a certeza de não estar sozinha neste posicionamento. Penso que isso é resultado da má interpretação da codificação, da mesma forma como soe acontecer com os irmãos evangélicos com refencia a Biblia como sendo totalmente a palavra de deus.; aliada ao mau hábito de (usando um dito popular), ouvir a galinha gritar sem saber em que quintal foi e já fazer a contabilidade dos ovos. Pode ser que a tal gritou por algum susto, que não a postura.
Portanto faz parte do pacote da ignorancia de espiritas, de mentes e corações trancados a chaves perdidas.

Eunice_Basta um pouco mais de observação, para se eliminar essa idéia estapafurdia, que foi utilizada a exemplo de alguns outros pontos , por influencia da época em que se vivia, e da necessidade de asssim ser por questões de estratégias do codificador. Ou mesmo por questão de influencias da condição de homem encarnado influenciado pelo meio.

Basta um pouco de boa vontade e bom senso, para eliminar esta polemica. (mas isto é assunto parou outro tema.) Só posso dizer, que eliminada, essa falsa controvérsia, abre-se um amplo campo para estudos e aprendizados fantásticos, além de um infinito campo para a ação do espirito encanrando, libertado de amarras humanas.

* Disse Bàbá Ifáomi-

A umbanda adotou o espiritismo como pressuposto filosófico em 1941, no I Congresso Nacional de Umbanda, realizado no Rio de Janeiro.

Eunice_Aliás, meu querido a Umbanda nasceu dentro da FEB, nesta data. Da mesma forma como nasceu a LBV(Legião da Boa Vontade, em Rezende R.J. Num Centro Espirita da FEB, e que da mesma forma foi menosprezado pelos senhores e senhoras Espiritas, da federação, e relegado a condição de qualquer coisa menos digna de sua honrosa atenção. Da mesma forma que a Umbanda, sobreviveu a esse desprezo, e cresceu da forma como cresceu, unificando os religiosos de toda a gama incluindo ateus de peso e respeito, não somente no Brasil como no Mundo, sendo a unica entidade com representatividade consulti na ONU, que representa o País. Talvez pela sua filosofia de não ficarm dando oxigenio a intrigas e buatos, mas focando toda atenção e enrgia no trabalho a ser feito.

Concluimos disso tudo que:.....!


Bàbá Ifáomi é Sacerdote Bàbálòrìsá do Ilé Àse Òrìsá Wúre e omórìsá do Ilê Oxum Docô, Nação Ijesa. Representa a quinta geração da família que vivencia a religião de matriz africana, sendo iniciado em 1994 por Mãe Maruti de Oxum Docô, sua avó, que me consagrou Cacique de Umbanda em 1999. Desde o ano 2000 está sob a égide de Pai Pedro de Oxum Docô.

Se quiser saber das atividades do nosso Ilê, adicione no endereço:

 http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=3177549720611258157

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

NOTCIAS E EVENTOS - GDDE

B



Concafras 2011, Rio Verde, GO

CONCAFRAS-PSE é uma sigla cujo significado é: Confraternização das Campanhas de Fraternidade Auta de Souza e Promoção Social Espírita.

É um grande encontro anual de trabalhadores voluntários espíritas. São caravaneiros de todo o Brasil e vários outros países que, em clima de intensa fraternidade, estudam novas metodologias de trabalho, realizam práticas assistenciais e trocam experiências, enriquecendo seus núcleos de atividades.

Ao longo dos seus 55 anos de existência, dinamizando as Campanhas de Fraternidade Auta de Souza, a Concafras-PSE ampliou suas ações para a formação do homem de bem. São várias atividades ligadas a essa caravana de amor e fraternidade que integra o movimento espírita Pátria do Evangelho. Graças ao aperfeiçoamento de trabalhos de assistência e promoção social espírita, deixa um rastro de luz nas cidades por onde passa.

O Tema Central será “E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” – Jesus. (LUCAS, capítulo 6, versículo 46).

A Concafras 2011 será realizada em Rio Verde, no Estado de Goiás, na FESURV – Universidade de Rio Verde, no Campus Administrativo, situado na fazenda Fontes do Saber.

Para participar, basta fazer a inscrição no site www.concafras.com ou entrar em contato com uma das instituições realizadoras: Rio Verde (GO): IAM – Instituto de Assistência a Menores – (64)3621-0316; IDEAK – Instituto de Difusão Espírita Allan Kardec – (64) 3621-0316; Associação Espírita Chico Xavier – (64) 3612-1414. Campo Verde (MT) e Região: Associação Espírita Lar Maria de Lourdes (66) 3419-1343.




Simpósio sobre “O Livro dos Médiuns”, em Santa Catarina

Em comemoração aos 150 anos de “O Livro dos Médiuns”, a Federação Espírita Catarinense promoveu o Simpósio Catarinense sobre Mediunidade, no Centro de Eventos de Itajaí, (SC), no dia 8 de janeiro. Participaram do evento, das 9h às 20h, perto de dois mil inscritos, de Santa Catarina, de outros estados brasileiros, e, também, da Argentina, Uruguai, Paraguai e Reino Unido. O evento foi aberto pelo presidente da FEC, Olenyr Teixeira, e compuseram a mesa de abertura o representante do presidente da FEB e expositor, Antônio César Perri de Carvalho; membro da Comissão Executiva do CEI, Eduardo dos Santos (Uruguai); vice-presidente da FEC, Ricardo Mesquita; coordenadora do Simpósio, Esther Fregossi; presidente da Federação Espírita do Paraná, Francisco Ferraz Batista. Expositores: Divaldo Pereira Franco, Marta Antunes de Moura, José Raul Teixeira, Sandra Della Póla e Suely Caldas Schubert. Houve apresentação do grupo Núcleo Espírita de Arte, de Florianópolis. O evento foi transmitido, ao vivo, pelo Portal da FEC.

Informações: www.fec.org.br, www.febnet.org.br




Marcha da Cidadania pela Vida, São Paulo, SP

Com o objetivo de promover uma grande mobilização em favor da vida e evidenciar de modo contundente a verdadeira vontade do povo brasileiro, será realizada, no próximo dia 26 de março, a partir das 9h30, a Marcha da Cidadania pela Vida, em São Paulo, SP.

Os grupos defensores da vida pretendem pressionar o Congresso, visando à rejeição definitiva do Projeto de Lei nº 1.135/1991 que prevê o aborto até o 9º mês da gravidez. O PL foi rejeitado nas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça na Câmara dos Deputados. Porém, devido a um novo recurso, deve ser levado a votação no plenário.

O Movimento defende que o governo assuma o papel de promotor das políticas públicas em defesa da maternidade, da paternidade responsável, da criança, do adolescente e da família e não o contrário.

Mais Informações: Comitê Estadual do Movimento Nacional de Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto - fone (11) 3244-3629.






Fonte: Editora "Casa Editora O Clarim", publicações de Fevereiro de 2011






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Grupo de Divulgação da Doutrina Espírita
GDDE - Ano XI



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Progresso do Espiritismo

A proposito da questão apresentada pelo amigo Diler:






O espiritismo esta andando lado a lado com a ciência?

A Doutrina Espirita, codificada, estabeleceu bases palmares para a espiritualização do ser humano. Representa os pilares, o alicerce; O Espiritismo por sua vez, como soe natural na humanidade, espalhou-se encontrando eco nos corações e mentes de diversos segmentos do pensamento humano, e ao par disso mesmo, assentou-se conforme a capacidade de entendimento individual, possibilitando assim a reunião de gurpos de pensamentos e necessidades afins.

Como “religião” e ciencia são lados de uma mesma moeda, acredito que caminham sim em par, mesmo que volta e meia, uma tenha que puxar a outra, a semelhança da criança que caminha pegada à mão de um irmão maior, e cujo, que precisa pacientemente emparelhar os passos, para um andar harmonico.A animosidade entre Ciência e espiritualidade parece estar com os dias contados.


O espiritismo tem, desde o seu surgimento, progredido de alguma maneira?

Sim. E de forma tão surpreendente, que hoje se é possivel, perceber o uso do Pentateuco Kardequiano sendo utilizado como materia de estudos sistematicos em diversas religiões espiritualistas, numa ansia de compreender os mecanismos fenomenicos antes adistritos apenas aos eminentemente Espiritas (de carteirinha).

Ou o espiritismo esta de alguma forma “engessado” por conta de que os dirigentes espíritas (alguns) tomaram para si, a definição do espiritismo, aquilo que eles consideram que seja?

Infelizmente esta é uma outra realidade dentro do mundo Espiritista. Mas como pedra parada cria limo e desaparece sob o musgo, espero que o quanto antes despertem e se ponham a caminhar, porque nada mais dinamico que a D.E.!

E "Nada mais forte que uma idéia cujo tempo tenha chegado" Vitor Hugo.


Fonte original:Ideal Espirita Progressista:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=110782454&tid=5566349900409489198

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Autor: Dr. Milton Santiago Junior

_ No artigo anterior, constatamos que Jesus nos provê dos recursos indispensáveis para a conquista da saúde integral e permanente, na medida em que nos convida, através de Seu exemplo e de Seus ensinamentos, à transformação moral.

Duas conclusões derivam, de imediato, dessa constatação. A primeira é que a saúde verdadeira e integral procede diretamente das aquisições morais do ser; a segunda, a saúde necessita ser conquistada, ou seja, alcançada sobrepujando-se obstáculos ou oposição.

Quando, estando a comer, na casa de Mateus, com publicanos e pessoas de má vida, e é provocado por alguns fariseus, afirma o Mestre: "Não são os que gozam saúde que precisam de médico, mas sim os doentes" (Mt 9, 10-12). Podemos depreender que Ele se referia aos doentes morais, pois nenhum dos circunstantes ali presentes dava mostras de doença orgânica.

Espíritos imperfeitos que somos, viajores do cosmos em busca da superação de nós mesmos, recapitulando nas sucessivas existências corporais as vivências infelizes e as escolhas desatinadas, portamos conosco uma bagagem moral e intelectual que nos tipifica. Tal bagagem é a resultante exata da conjugação de todos os valores que adquirimos e alimentamos, no exercício do livre-arbítrio pelas estradas do tempo. É nesta bagagem individual e intransferível que estão impressas as aquisições morais do ser. Examinando atentamente o conteúdo deste baú, estaremos próximos do diagnóstico de nosso estado de saúde espiritual.

De um modo geral, para as criaturas que habitamos a Terra, encarnados e desencarnados, o diagnóstico do estado moral-espiritual seja talvez desfavorável. A saúde relativa do corpo físico representa tão-somente a santa oportunidade de tempo e espaço para que realizemos a tarefa de burilamento pessoal. A saúde física é uma ilusão necessária, mas às vezes perniciosa, pois que de modo algum reflete a saúde espiritual.

O tribuno Divaldo Pereira Franco, a quem muito devo pelas idéias esclarecedoras, afirma em uma palestra dirigida a hansenianos que há duas espécies de criaturas sobre a Terra: aquelas nas quais a doença já apareceu e aqueloutras nas quais ela ainda se oculta. Exatamente por que a fissura na estrutura moral não tardará a promover uma rachadura nas comportas da persona. E a doença, tão repudiada e negada pela cultura hedonista de nossos tempos, surge como oportunidade redentora e desafiadora para o espírito imortal.

A conquista da saúde integral é inteiramente moral: advirá dos conflitos acerbos da individuação, quando o ser imortal, pelas reencarnações sucessivas, qual a borboleta ao deixar a crisálida, emergirá vitorioso sobre si mesmo, plenamente espiritualizado, com a consciência desperta para o Amor e para o Bem.

Jesus nos convida a amar aos inimigos, a oferecer a eles a outra face, a caminhar com eles um tanto mais, a reconciliarmo-nos com o próximo antes das oferendas, a vigiar a própria conduta, a orar em busca de sustentação emocional, a guardar tesouros no céu, a trabalhar por obras que nos dignifiquem, a praticar a mansuetude, a misericórdia, a justiça, o perdão... O que são estas sugestões senão propostas para a conquista da saúde moral, espiritual e, por conseguinte, física, dirigidas ao homem de amanhã?

Toda busca que realizemos na cessação do sofrimento são válidas. Porém, serão paliativas, caso insistamos em permanecer insensíveis aos convites do Mestre.

Lembremo-nos de Maria de Magdala: "Vá e não peques mais..."

Autor: Dr. Milton Santiago Junior

http://www.ceseareirosdejesus.hpg.ig.com.br/eme_mar03.htm

Jesus, médico por excelência (I)




Ernesto RENAN, historiador e crítico francês, tornou-se famoso por sua obra "Vida de Jesus", publicada nos idos de 1863. É citado pelo professor José Herculano Pires, grande filósofo e estudioso do Espiritismo, na importante obra "Revisão do Cristianismo" (Editora Paidéia, 2ª edição, 1983) e também pelos Espíritos Superiores em "Obras Póstumas" (FEB, 25ª edição, 1990, páginas 311 e 312).

No próprio dizer dos Espíritos, RENAN pertence à casta dos "demolidores do velho mundo", ou seja, está entre os que vieram para desaferrolhar dos atavismos

o pensamento humano e restabelecer a Verdade, buscando uma abordagem ao mesmo tempo crítica e histórica sobre a figura de Jesus, despojando-o dos cosméticos desnaturadores da religião ancestral e do reducionismo materialista dos céticos de plantão. Afirma o historiador ("Vida de Jesus", editora Martin Claret, página 405): "Essa pessoa sublime, que a cada dia ainda preside o destino do mundo, é digna de ser chamada divina, não nesse sentido em que Jesus absorveu todo o divino, ou lhe era idêntico, mas no sentido em que Jesus é o indivíduo que propiciou à sua espécie o maior passo em direção ao divino. A humanidade, tomada no seu todo, oferece um conjunto de seres baixos, egoístas, apenas superior ao animal naquilo em que seu egoísmo é mais refletido. Entretanto, no meio dessa vulgaridade uniforme, colunas se erguem em direção ao céu e atestam um destino mais nobre. Jesus é a mais alta dessas colunas, que mostram ao homem de onde ele vem e para onde deve se dirigir (...)".

Allan Kardec em Obras Póstumas (Ibidem, página 149), observa: "Jesus era um messias divino pelo duplo motivo de que de que suas perfeições o punham em contato direto com Deus".

Renan e Kardec, como pesquisadores críticos e imparciais que foram, autorizam-nos a afirmar que Jesus é o mais perfeito modelo ético-moral de que se tem notícia sobre a face da Terra. Ambos atribuem-lhe o caráter divino, no sentido de ser inspirado ou emissário direto de Deus. Kardec confirma-lhe o messiado: Jesus é o Cristo, o escolhido diretamente por Deus, o ungido por Ele, para o cumprimento de Sua missão na Terra.

Para tal, então, é que o Verbo se fez Carne: para legar-nos um ensinamento modelar de comportamento e uma bússola evolutiva, instituindo a Lei Maior: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Tudo o quê nos aproxima das leis divinas é virtude; tudo o que delas nos afastam é vício e paixão.

A saúde holística, proposta pelo Espiritismo, é, pois, aquela que advém da transformação moral com Jesus, permitindo a recomposição emocional e a sublimação dos painéis mentais, reorientando sentimentos, pensamentos e ações.

Por isso Jesus é o Médico das Almas por excelência. Aceitemos-Lhe o convite fraterno: "Vinde a mim...".


Jesus, médico por excelência (I)


Ernesto RENAN, historiador e crítico francês, tornou-se famoso por sua obra "Vida de Jesus", publicada nos idos de 1863. É citado pelo professor José Herculano Pires, grande filósofo e estudioso do Espiritismo, na importante obra "Revisão do Cristianismo" (Editora Paidéia, 2ª edição, 1983) e também pelos Espíritos Superiores em "Obras Póstumas" (FEB, 25ª edição, 1990, páginas 311 e 312).

No próprio dizer dos Espíritos, RENAN pertence à casta dos "demolidores do velho mundo", ou seja, está entre os que vieram para desaferrolhar dos atavismos

o pensamento humano e restabelecer a Verdade, buscando uma abordagem ao mesmo tempo crítica e histórica sobre a figura de Jesus, despojando-o dos cosméticos desnaturadores da religião ancestral e do reducionismo materialista dos céticos de plantão. Afirma o historiador ("Vida de Jesus", editora Martin Claret, página 405): "Essa pessoa sublime, que a cada dia ainda preside o destino do mundo, é digna de ser chamada divina, não nesse sentido em que Jesus absorveu todo o divino, ou lhe era idêntico, mas no sentido em que Jesus é o indivíduo que propiciou à sua espécie o maior passo em direção ao divino. A humanidade, tomada no seu todo, oferece um conjunto de seres baixos, egoístas, apenas superior ao animal naquilo em que seu egoísmo é mais refletido. Entretanto, no meio dessa vulgaridade uniforme, colunas se erguem em direção ao céu e atestam um destino mais nobre. Jesus é a mais alta dessas colunas, que mostram ao homem de onde ele vem e para onde deve se dirigir (...)".

Allan Kardec em Obras Póstumas (Ibidem, página 149), observa: "Jesus era um messias divino pelo duplo motivo de que de que suas perfeições o punham em contato direto com Deus".

Renan e Kardec, como pesquisadores críticos e imparciais que foram, autorizam-nos a afirmar que Jesus é o mais perfeito modelo ético-moral de que se tem notícia sobre a face da Terra. Ambos atribuem-lhe o caráter divino, no sentido de ser inspirado ou emissário direto de Deus. Kardec confirma-lhe o messiado: Jesus é o Cristo, o escolhido diretamente por Deus, o ungido por Ele, para o cumprimento de Sua missão na Terra.

Para tal, então, é que o Verbo se fez Carne: para legar-nos um ensinamento modelar de comportamento e uma bússola evolutiva, instituindo a Lei Maior: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Tudo o quê nos aproxima das leis divinas é virtude; tudo o que delas nos afastam é vício e paixão.

A saúde holística, proposta pelo Espiritismo, é, pois, aquela que advém da transformação moral com Jesus, permitindo a recomposição emocional e a sublimação dos painéis mentais, reorientando sentimentos, pensamentos e ações.

Por isso Jesus é o Médico das Almas por excelência. Aceitemos-Lhe o convite fraterno: "Vinde a mim...".