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sábado, 30 de março de 2013

Aos descrentes









AOS DESCRENTES
Olavo Bilac


Vós, que seguis a turba desvairada,
As hostes dos descrentes e dos loucos,
Que de olhos cegos e de ouvidos moucos
Estão longe da senda iluminada,

Retrocedei dos vossos mundos ocos,
Começai outra vida em nova estrada,
Sem a idéia falaz do grande Nada,
Que entorpece, envenena e mata aos poucos.

Ó ateus como eu fui – na sombra imensa
Erguei de novo o eterno altar da crença,
Da fé viva, sem cárcere mesquinho!

Banhai-vos na divina claridade
Que promana das luzes da Verdade,
Sol eterno na glória do caminho!



Do livro Parnaso de Além-Túmulo. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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