Ao principiante, desabituado, parece difícil a saudável tarefa da meditação.
Certamente que todo labor em começo,
passado o entusiasmo inicial, se apresenta de complexo prosseguimento.
Acostumado à variedade de pensamentos,
especialmente os vulgares, que se alternam com celeridade substituindo-se de
modo contínuo, é perfeitamente natural que a fixação de uma idéia edificante se
apresente como verdadeiro desafio.
Indispensável, para o êxito do tentame,
a motivação, cuja carga emocional canaliza com segurança o interesse do
candidato.
O profano que tem as suas atrações nas
questões mortas para o espírito, mais estimulado pelas sensações do que pelas
emoções, após algumas tentativas infrutíferas, desiste da meditação,
decepcionado.
Crê ser impossível de conseguir.
No inconsciente está a evadir-se da
experiência nova, saudoso dos hábitos fortes a que se acostumara.
Bastaria, no entanto, que porfiasse no
treinamento e os resultados o surpreenderiam agradavelmente.
Nunca, em qualquer em outro tempo, o
homem experimentou tanta necessidade de meditação quanto ocorre em nossos
dias.
A luta pela sobrevivência, mais
exaustiva e violenta, requer caracteres calmos e disciplinados, a fim de não
sucumbir ante os fatores que comprimem a vontade ou a levam a explosões
temperamentais danosas.
A meditação dulcifica a aspereza da
luta, harmoniza o intelecto com o sentimento e acalmando o homem.
A disciplina, a freqüência do exercício,
o conteúdo de que se reveste a temática, são essenciais ao êxito do
empreendimento.
Toma de uma página do Evangelho de
Jesus, lê pausadamente, digerindo-lhe o significado, e concentra-te nela,
fixando-a.
Retira todo o superior contingente de
informações e reflexiona em cada mensagem que se te revele.
Insiste em evocar-lhe a forma, o sentido
e como te poderá ser útil.
Analisa-a, sem pressa, após o que,
medita em torno do seu conjunto, por fim, no espírito que te apresenta.
Habitua-te a este pequeno mister e
estarás iniciando a meditação que te levará à paz de consciência e à alegria de
viver.
Meditando com regularidade, age com
inteireza moral, sem afronta ao programa interior, assim evitando conflitos e
confrontos entre o que constróis na área psíquica com aquilo que realizas no
campo físico.
Mesmo que disponhas de pouco tempo,
utiliza-o para a meditação, descobrindo, logo depois, que, assim agindo, o tens
dilatado, benéfico.
A meditação abrir-te-á as portas para a
perfeita união com Deus que a oração te facultará.
Pelo Espírito de: Joanna de Ângelis
Psicografado por: Divaldo P. Franco
Livro: Momentos de Esperança
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